Aras quer “verdade real” sobre facada de Bolsonaro
Procurador-geral não acredita que Adélio Bispo de Oliveira agiu como um “lobo solitário”

Foto: Reprodução
O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu na terça-feira ( 1), que as investigações sobre o ataque sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro, no ano passado, sejam aprofundadas. Aras não acredita que Adélio Bispo de Oliveira agiu como um “lobo solitário” ao dar uma facada no então candidato do PSL.
“Ainda é tempo de buscar a verdade real do atentado”, disse Aras ao Estado, reproduzindo o discurso do próprio presidente, que o indicou ao cargo.
A Polícia Federal concluiu, em 2018, que Adélio agiu sozinho, mas um novo inquérito foi aberto para apurar a participação de terceiros. A Justiça o considerou inimputável, incapaz de responder por seus atos.
“Acredito que devesse merecer aprofundamento das investigações. Não me parece crível pelo modus operandi em que agiu Adélio que o atentado à vida do atual presidente tenha sido um mero surto de quem quer que seja”, afirmou Aras ao Estadão.
O Procurador Geral no entanto, afirmou que esse assunto deve ser tratado pelos advogados do presidente.
“O uso de uma arma branca, a suspeita de copartícipes na multidão, a tentativa de confundir as apurações com a entrada de pessoas com o mesmo nome na Câmara, o surgimento de advogados que não foram contratados por alguém conhecido são elementos que precisam ser investigados. Ainda é tempo de a Polícia Federal, do Ministério Público Federal, atuando em conjunto, buscar a verdade real do atentado”, pontuou.


