Argentina tem 1ª paralisação geral no ano nesta quarta-feira (24)
Ato foi convocado pela maior central sindical do país e tem adesão de funcionários de bancos, comércio, setor bancário e caminhoneiros

Foto: Divulgação
Nesta quarta-feira (24), o novo presidente da Argentina, Javier Milei, enfrenta a primeira paralisação geral desde que assumiu o governo em dezembro. A paralisação, com o lema "o país não está à venda", foi convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior central sindical do país, para ocorrer a partir do meio-dia e terá a duração de 12 horas.
A paralisação também foi aderida pela Confederação de Trabalhadores Argentinos (CTA), considerada a segunda maior central sindical do país. Trabalhadores do setor de transporte aéreo também anunciaram adesão ao movimento, ocasionando cancelamentos de diversos voos programados, inclusive alguns com destino/origem do Brasil.
Durante a paralisação, bancos também não devem funcionar. Ônibus, trens e metrô vão operar até às 19h, e então parar até a meia-noite. Caminhoneiros prometem não trabalhar durante o período.
Protestos
A paralisação tem como objetivo protestar contra a Medida Provisória que faz diversas modificações na economia e nas leis trabalhistas e em outros setores. Os trabalhadores também são contra a chamada lei omnibus, projeto de lei prevê "superpoderes" para Milei e prevê a privatização de empresas estatais, entre outras questões.
Os manifestantes, inclusive, planejam realizar um ato em frente ao Congresso, de forma a pressionar os deputados e senadores a não aprovarem as leis.
O governo, por sua vez, disse que a população é contra a paralisação e diz não entender o real motivo por trás dos atos. O porta-voz do governo de Milei, Manuel Adorni, disse ainda que o pagamento dos funcionários públicos que participarem da manifestação serão descontados.