“Assino qualquer hora da noite, da madrugada”, diz Bolsonaro sobre projeto dos combustíveis

Caso aprovada pela Câmara, medida para reduzir preço deve ser publicada no DOU nesta sexta (11)

[“Assino qualquer hora da noite, da madrugada”, diz Bolsonaro sobre projeto dos combustíveis]

FOTO: Agência Brasil

Durante transmissão ao vivo, na noite desta quinta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, caso a Câmara dos Deputados aprove o projeto sobre o preço dos combustíveis, este deve ser sancionado e publicado no Diário Oficial da União até esta sexta (11).

Segundo o presidente, atualmente, a configuração dos preços é determinada um sexto pelo governo federal, dois sextos pela Petrobras e três sextos pelo ICMS, que varia conforme os estados e representa a maior parcela.

“Até poucos meses ninguém sabia a composição dos impostos do gás, álcool, gasolina, era um tabu. Quando acontecia um aumento, caia no colo do respectivo presidente”, afirmou. 

Além disso, Bolsonaro explicou que a aprovação do projeto deve retirar até R$ 0,60 do valor final do diesel.

O presidente também comentou o impacto da guerra na Ucrânia nas commodities e culpou o PT pela dependência da Petrobras sobre o petróleo.

“O grande problema do Brasil: entre as 10 maiores economias do mundo, a única que tem que importar derivado de petróleo é o Brasil. Ou seja, as duas refinarias que o PT ia fazer no Nordeste, mais uma aqui no Sudeste, não fez. Uma roubalheira terrível. Mais de 100 bilhões jogados fora. Então, nós dependemos da importação de diesel, de gasolina, dentre outras coisas. Se lá atrás o PT tivesse feito o seu trabalho, não tivesse endividado a Petrobras, não estaríamos em uma situação tão complicada”, disse.

Na transmissão, o chefe do executivo também citou uma possível paralisação dos caminhoneiros, devido ao aumento dos combustíveis e afirmou que o diesel no Brasil ainda está mais barato do que na Europa e nos EUA.

“O preço tá caro. Tem muito caminhoneiro aí que vai parar. Eu sei disso, lamento isso daí. Vai parar porque não suporta mais essa carga tributária. E é uma questão mundial. Digo a vocês que o diesel aqui agora, mesmo com tudo isso, está mais barato que nos Estados Unidos”, afirmou.


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