AstraZeneca diz que adaptação de vacina para variantes do coronavírus pode levar até 9 meses
Imunizante é alvo de questionamentos sobre sua eficácia

Foto: Reprodução/Getty Images
A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca anunciou nesta quinta-feira (11) que a adaptação de sua vacina contra a Covid-19, a Covishield, para as novas variantes do coronavírus pode demorar de seis a nove meses. A informação foi divulgada junto com seus resultados financeiros no ano de 2020. No último domingo (7), um estudo preliminar e sem revisão de que apontou uma eficácia reduzida do imunizante contra a variante local levou o governo da África do Sul a suspender o seu uso.
Segundo a AstraZeneca, a Covishield pode ser adaptada a partir da otimização da escala de produção atual e de dados de ensaios clínicos já existentes em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido), que também desenvolveu o imunizante. Nessa quarta-feira (10), o governo sul-africano anunciou que cogita vender ou permutar centenas de milhares de doses da vacina.
Em outro revés recente, a fórmula da AstraZeneca teve sua eficácia em idosos acima de 65 anos questionada por países da União Europeia (UE), como França e Alemanha). A agência reguladora do bloco europeu, no entanto, liberou o uso acima de 18 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também defendeu o uso da vacina em idosos.