Ataque hacker a prestadora de serviços do PIX afeta instituições financeiras e desvia R$ 400 milhões de bancos

Seis empresas foram atingidas por um ataque hacker e pelo menos R$ 400 milhões teriam sido desviados durante a ação, que tinha como alvo a empresa C&M, empresa que faz conexão ao sistema de Pix. A informação foi divulgada por três instituições financeiras, que utilizam os serviços da empresa e afirmam ter sido afetadas pelo ataque.

As empresas afetadas ficaram sem acesso ao sistema do Pix, após a C&M ter sido desconectada pelo Banco Central (BC). Por conta do ataque, que atingiu apenas as operações Pix, o BC informou que a ferramenta está temporariamente fora do ar, e recomendou que os clientes utilizassem o serviço de TED, sem custos adicionais.

A empresa BMP também foi afetada pela invasão, mas tranquiliza ao dizer que nenhum cliente foi impactado ou teve os recursos subtraídos. A empresa afirma que apenas os recursos depositados em sua conta reserva no BC foram acessados pelos invasores, mas já adotou medidas operacionais e legais cabíveis para resolver a situação.

O Banco Paulista, por sua vez, divulgou que sofreu uma falha em um provedor terceirizado, o que causou uma interrupção temporária no sistema de Pix. O banco afirma que a falha não comprometeu dados sensíveis e nem gerou movimentação indevida. Os reparos já foram iniciados para restabelecer a conexão.

Informações iniciais do setor indicam que a C&M foi imediatamente desconectada do Banco Central e autoridades competentes realizam investigações sobre o ocorrido. A Polícia Federal também investiga o caso.

A C&M atua como Provedor de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI), conectando instituições financeiras ao Banco Central, através do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI). Ela faz a conexão com a Rede do Sistema Financeiro Nacional (RFSN) para participantes que não têm essa ligação direta com o BC.