Atendimento a pessoas com transtornos mentais no SUS aumenta 11% em 2021
Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, a rede pública realizou 400,3 mil atendimentos em virtude do transtorno

Foto: Reprodução/R7
O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, em 2021, um aumento de 11% nos atendimentos para pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso abusivo ou dependência de álcool e outras drogas. De acordo com o Ministério da Saúde, durante o ano passado, a rede pública realizou 400,3 mil acolhimentos. Em 2020, foram registrados 356 mil.
Os números foram divulgados nesse domingo (20), Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, como forma de alerta para o que o ministério, em nota, classificou como “um problema global”.
Do total de atendimentos registrados em 2021, 159,6 mil foram por conta do uso abusivo do álcool. Em seguida, aparece os transtornos mentais e comportamentais causados pelo uso de cocaína (31,9 mil) e fumo (18,8 mil).
O levantamento também compilou dados dos opiáceos, canabinoides, sedativos, hipnóticos, alucinógenos, solventes voláteis e estimulantes (incluindo a cafeína), que tiveram números menores de registros. Já o uso de múltiplas drogas e de outras substâncias psicoativas não listadas individualmente somam 151,3 mil atendimentos.
Os homens são maioria no número de usuários atendidos pelo SUS, em qualquer dos casos. Em relação à faixa etária, a maior parcela tem entre 25 e 29 anos (303,7 mil registros), seguidos da faixa de 10 a 24 anos (49,4 mil) e daqueles com 60 ou mais (38,4 mil).
Como informou a pasta, o aumento do último ano pode representar que, após evitarem ir a estabelecimentos de saúde durante todo o ano de 2020, com medo de serem infectados pelo novo coronavírus, mais pessoas voltaram a buscar atendimento médico em 2021.
“Importante lembrar que esses números não são suficientes para retratar o problema da dependência química no país, tendo em vista que estamos falando especificamente da quantidade de atendimentos e não do total de pessoas dependentes”, explica, na nota, o coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do ministério Rafael Bernardon.
“Além disso, muitas pessoas com transtornos decorrentes do uso dessas substâncias não procuram os serviços de saúde por fatores diversos, como o estigma e a falta de informação”, pontua.