Auditores da Receita Federal pedem exoneração de 1.288 cargos de chefia
Segundo Sindifisco, as primeiras baixas já começaram a ser formalizadas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O protesto dos auditores fiscais da Receita Federal, que pede melhorias de remuneração, já reúne 1.288 pedidos de entrega de cargos de chefia. O Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) informou nesta quarta-feira (12) que as primeiras exonerações começaram a ser formalizadas.
Os servidores iniciaram a entrega de cargos em dezembro de 2021. A atitude foi uma forma de pressionar o governo a ampliar recursos para a Receita e regulamentar o pagamento de bônus de produtividade. As atividades administrativas e programas de fiscalização em postos aduaneiros também foram reduzidos.
O Sindifisco ainda informa que o total de cargos comissionados no órgão é de aproximadamente dois mil. Sendo assim, cerca de 64% dos ocupantes das vagas de chefia pediram exoneração.
Protesto dos auditores ficais
O ato que ocorre entre os servidores da Receita Federal faz parte de um movimento de diversas categorias, que se mobilizaram em demonstração de descontentamento após o governo prometer reajustes salariais apenas a carreiras de policiais.
Além dos auditores, os bancários do Banco Central também iniciaram o processo de entrega de cargos e promete paralisar as atividades.
Na terça-feira (11), representantes dos servidores participaram de reunião com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, mas não receberam sinalização de reajuste. O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad, informou que os servidores debaterão uma proposta de greve por tempo indeterminado se não houver proposta concreta.
O Ministério da Economia e o Banco Central não fizeram comentários sobre os movimentos.


