Auxílio Brasil deve subir para R$ 600, mas há incertezas se atenderá todos que precisam e têm direito
Na semana passada, o Senado aprovou a PEC que amplia benefícios sociais

Foto: Reprodução/Agência Brasil
O Auxílio Brasil vai aumentar de R$ 400 para R$ 600, valor que seria pago até dezembro deste ano. No entanto, o governo não se sabe se o benefício vai atender a todo mundo que precisa e têm direito.
Na semana passada, o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria e amplia benefícios sociais, como vale-caminhoneiro de R$ 1.000, vale-gás de R$ 120 e Auxílio Brasil de R$ 600. A demanda ainda precisa ser votada na Câmara dos Deputados para começar a valer.
De acordo com o relator do projeto, senador Fernando Bezerra, os R$ 26 bilhões da PEC destinados ao Auxílio Brasil seriam suficientes para elevar o valor de R$ 400 para R$ 600 mensais, pagos de julho até dezembro, e para zerar a fila de espera do programa. Porém existem divergências sobre o tamanho da fila.
Conforme a Confederação Nacional de Municípios (CMN), até abril deste ano, existiam 2,7 milhões de famílias na espera pelo Auxílio Brasil. A fila se refere a famílias que preenchem os requisitos e estavam cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único), mas não foram incluídas no programa.
Para a confederação, esse montante não é capaz de zerar a fila que existe hoje, considerando as 2,7 milhões de família, e que o país precisaria de um incremento de R$ 1 bilhão no valor aprovado na PEC para atender toda a demanda.
"Estimativa da CNM aponta que, para zerar a fila atual do Auxílio Brasil e manter o adicional de R$ 200 até o mês de dezembro deste ano, conforme prevê a proposta, seria necessário cerca de R$ 1 bilhão a mais do que o recurso previsto na PEC", diz a instituição em nota.
A CNM também ressalta que o valor de R$ 1 bilhão considera o cenário atual, sem incluir mais ninguém na fila até o final do ano. Apesar de não zerar toda a espera, o órgão afirma que recurso é positivo para diminuir a demanda.