Auxílio Gás será ampliado para que botijão seja acessível à todo Brasil, diz Rui Costa
Objeto costuma ter preços variados em regiões do país
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Governo Federal lançará, na semana que vem, um programa para reformular o Auxílio Gás. A ideia é assegurar, ás famílias de baixa renda, o acesso ao botijão de gás de cozinha (GLP), ao invés de somente transferir um valor baseado no preço médio nacional.
A proposta foi antecipada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, nesta quarta=feira (27), ao longo do programa Bom Dia, Ministro, que foi produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“O programa está pronto e será lançado na semana que vem. Ele vai crescer gradualmente. Em março, chegará a 15,5 milhões de famílias [mais de 46 milhões de pessoas]”, afirmou o ministro.
O benefício é dedicado a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda igual ou menor a meio salário mínimo. Atualmente, aproximadamente 5,6 milhões de famílias são contempladas. O número, de acordo com o governo, deverá chegar a mais de 20 milhões Para o ano que vem, R$ 13,6 bilhões estão previstos em recursos.
No atual modelo, cada família recebe R$ 108 a cada dois meses. O valor equivale a 100% do preço médio do botijão de gás de cozinha (GLP) de 13kg. Diante da mudança, as famílias ganharão um vale crédito, de acordo com o ministro.
“Elas [as famílias] receberão uma espécie de vale crédito [a ser usado em distribuidoras cadastradas de revenda] para comprar o gás, bastando apresentar o CPF”, disse.
Preço costuma variar conforme região
No atual modelo, o benefício é somente um subsídio financeiro. O ministro afirmou que o problema é que o valor fixo, que supostamente equivaleria à média do preço nacional, não é suficiente para poder comprar botijão de gás em muitas ocasiões.
De acordo com Rui Costa, há localidades onde o preço cobrado pelo botijão de gás está R$ 60 maior que o valor médio.
“Estamos falando de um valor médio, no Brasil, entre R$ 105 e R$ 109 o botijão, sendo que ele é vendido em algumas localidades a R$ 160 ou R$ 170. Há uma disparidade muito grande de preço, a depender da distância; da localização da cidade; da região”, disse.
“O que o governo vai fazer, portanto, é entregar o botijão às pessoas. Com isso, além dos efeitos econômicos de possibilitar que a pessoa tenha dignidade para cozinhar seus alimentos, vamos reduzir muito o índice de queimaduras de crianças e mulheres em acidentes domésticos que, na busca por alternativas ao botijão de gás, usam líquidos como álcool para cozinhar”, emendou.
