Babá do menino Henry muda depoimento mais uma vez

Thayná pediu que Monique Medeiros, mãe de Henry, saísse da sala durante o depoimento

Por Da Redação
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Babá do menino Henry muda depoimento mais uma vez

Foto: Reprodução / Redes Sociais

A primeira audiência sobre o assassinato do menino Henry Borel terminou no início da madrugada desta quinta-feira (7). A babá do menino, Thayná Oliveira Ferreira, foi a última a ser ouvida e mudou o depoimento mais uma vez.

Durante a audiência, a babá afirmou que nunca viu Henry ser agredido por Jairinho, apresentando versão diferente dos dois depoimentos anteriores na delegacia. Thayná disse que se sentiu manipulada por Monique. Antes de começar a falar na audiência presidida pela juíza Elizabeth Machado Louro, Thayná pediu para Monique sair da sala.

O ex-vereador Jairinho e a mãe de Henry, Monique Medeiros, são acusados da morte do menino. Ao todo, 10 pessoas foram ouvidas, inclusive o pai do Henry, Leniel Borel.

De acordo com a babá, tudo pode ter sido imaginação da sua cabeça. "No meu entendimento era a Monique que me fazia acreditar em muita coisa e por isso a minha cabeça estava transtornada e eu começava a imaginar um monstro, mas ali no quarto poderia não estar acontecendo nada e eu estava imaginando um monte de coisa”.

“Me senti usada pela Monique nesse determinado tempo. Me senti usada em que sentido? No sentido de que ela vinha, contava, tentava me mostrar o monstro do Jairinho e eu ficava com todas as coisas ruins na minha cabeça. Era tudo suposição da minha cabeça. Eu nunca vi nenhum ato", disse Thayná.

Depoimento de Leniel

O pai de Henry, Leniel Borel, também prestou depoimento nesta quarta-feira (6). Ele informou que dias antes de morrer, Henry começou a dar indícios de que não queria voltar ao convívio de Monique e Jairinho após passar tempo com ele. Durante o depoimento, tanto ele como a mãe de Henry, Monique choraram.

"Ele se agarrava ao travesseiro pra não ir embora com ela. Ela começou a me ligar pra pedir ajuda, porque nos fins de semana, ele não queria voltar pra casa, eu conversei com ele. Eu fui falar pro Henry que a mãe tava lá embaixo e ele se agarrou no travesseiro falando 'Não, papai, não quero ir'. Quando ele viu a Monique, começou a chorar. A avó, dona Rosangela, conversou, chamou ele pra ir na praia. Ela desceu com ele pra praia, e depois foram embora", conta.

"O dia seguinte foi o primeiro dia de aula do menino. Eu sei que o primeiro dia de aula era difícil para uma criança de quatro anos, e fui pro primeiro dia, ela não me respondeu, cheguei na escola 6h50. Ela chegou umas 7h20, ele estava muito prostrado, acuado, cabisbaixo, eu achei que fosse uma reação à escola"

A situação se repetiu outras vezes e o menino também relatou que o "tio" - Jairinho - o abraçava forte. "No sábado dia 6, eu peguei meu filho na casa do Jairinho. Quando eu peguei ele, ele me disse: papai, eu não quero mais voltar para a casa da minha mãe, não quero. Mas ele não dizia o porquê. Eu liguei pra Monique, ela disse que não tinha nada acontecendo e eu disse: 'Monique, e se tiver alguma coisa acontecendo?'. Ela disse: 'Eu mato o Jairo, Leniel!'".

O pai se emocionou em especial ao falar dos últimos momentos com o filho.

"Quando eu fui falar com ele que no dia seguinte tinha escola, ele me pediu pra não ir, que por favor não, que no dia seguinte ele iria, e aí eu falei que a gente podia ir pra casa da avó, só que eu já tinha combinado com a Monique. Quando no caminho ele percebeu que estava indo ao encontro da mãe, ele começou a chorar muito e vomitar. Eu falei 'vai filho, a mamãe é boa'. E ele disse 'a mamãe não é mamãe boa'. E eu perguntei o que estava acontecendo e ela diz que é uma questão da casa, e pergunta pro Henry se ele quer ajudar a mamãe a achar outra casa. Ele foi, chorando muito. Foi a última vez que vi meu filho", disse.
 

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