Bahia não faz boa partida, mas consegue empate com Montevideo City na estreia da Sul-Americana

Tricolor tem começo de jogo promissor, cai de produção, mas consegue levar um ponto para Salvador

[Bahia não faz boa partida, mas consegue empate com Montevideo City na estreia da Sul-Americana]

FOTO: Rafael Machaddo / EC Bahia

O Bahia estreou na Copa Sul-Americana com empate por 1 a 1 diante do Montevideo City, em confronto disputado na noite desta quarta-feira (21), no estádio Parque Viera, em Montevidéu, no Uruguai. Com resultado, Tricolor divide segunda colocação do Grupo B com o rival uruguaio, ambos com um pontos somado.

O Tricolor fez uma boa partida na primeira etapa. Com facilidade para engatar os contra-ataques em velocidade e explorando bem os espaços defensivos expostos pelo Montevideo, o Tricolor demorou alguns minutos para ter o controle do jogo, fato que aconteceu logo ao abrir o placar. Com o time uruguaio com dificuldade para trocar passes com qualidade e chegar bem na área do Bahia, o jogo ficou fácil para o time baiano.

A primeira boa chance do jogo foi do Tricolor e logo de cara já abriu o placar. Aos oito minutos de jogo, Nino Paraíba cruzou para dentro da área, Gilberto ajeitou para batida de Rodriguinho, que finalizou no alto, a bola bateu no travessão e foi parar no fundo das redes do Montevideo.

O Tricolor desperdiçou ótima chance de ampliar o marcador aos 19 minutos. Em contra-ataque em velocidade, Tachiano disparou, se embolou com a bola, que sobrou para Rodriguinho, que serviu Gilberto, o atacante bateu fraco e em cima do goleiro.

Apesar do jogo estar interessante e bem jogado, poucas chances fizeram parte dos primeiros 45 minutos.

As 37 minutos, o Tricolor voltou a ter outra boa oportunidade em jogo. Patrick fez belo lançamento para Thaciano dentro da área, e o meia driblou o goleiro e, sem ângulo, finalizou para fora.

Sem novas emoções, o confronto foi para o intervalo com triunfo parcial do Tricolor sobre o Montevideo City.

No retorno para a segunda etapa, o Bahia voltou mais desligado no jogo, tanto que permitiu com que o Montevideo City crescesse no jogo.

Aos cinco minutos, Allende recebe passe dentro da área após cruzamento da esquerda, e bateu de primeira a queima roupa, para linda defesa de Douglas, porém, o goleiro rebateu a bola nos pés de Pizzichillo, que só teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes.

A tônica do jogo mudou completamente se comparada com a primeira. Por um tempo, foi um verdadeiro ataque contra defesa, com o Montevideo fazendo o papel ofensivo e o Tricolor o defensivo. Se não tivesse bem postado, o setor defensivo poderia ter enfrentado maiores problemas nos últimos 45 minutos.

Aos 35 minutos, o Montevideo teve a chance mais clara de virar o jogo. Rak saiu carregando do meio de campo e sem ser incomodado por nenhum defensor do Bahia, bateu da entrada da área, colocado, buscando o cantinho, e a bola passou raspando a trave de Douglas, indo pela linha de fundo.

A partida já estava desfavorável para o Bahia em campo, e Luiz Otávio tratou de dar mais emoção na reta final. Seguro em boa parte do confronto, aos 41 minutos, o zagueiro recuou mal uma bola para Douglas, que precisa sair de carrinho na bola para evitar que Del Prete ficasse com a posse e criasse boa chance de virar.

Aos 48 minutos, dá para dizer que Gilberto esteve com a chance do triunfo nos pés. Após chute para o ataque, Alisson Farias ganhou a divida com o zagueiro, se embolou com a bola, que sobrou nos pés do camisa nove, que todo atrapalhado, não conseguiu empurrar para as redes.

Mesmo com um certo sufoco do Montevideo nos minutos finais, o Bahia conseguiu se segurar até o fim, e levou na bagagem um ponto para Salvador.

Análise do Bahia

Uma time de dois tempos diferentes. Assim pode ser resumido o Bahia na noite desta quarta-feira. Após um começo promissor, aproveitando os espaços defensivos do Montevideo, explorando os contra-ataques em velocidade e criando boas oportunidades de gol - chegando até a marcar em uma delas - o Tricolor parece ter esquecido de retornar para o segundo tempo. Lento, apático e passivo, a equipe assistiu o fraco Montevideo fazer o que queria em campo, por sorte, os uruguaios pouco fizeram para tentar virar o placar.

Foi algo surpreendente a mudança repentina do Bahia no jogo, mas também não dá para dizer que não era esperada. Mais uma vez, o técnico Dado Cavalcanti demorou para modificar a equipe, quando notou que o desempenho estava em declínio. A modificação só veio depois de muita pressão dos uruguaios. Rossi foi sem dúvidas uma válvula de escape que fez muita falta em campo, e o substituto Óscar Ruiz, apagado, foi apenas mais um em campo. Precisa de mais minutos para ver se possui qualidade técnica a nível do Tricolor.

O Montevideo não é nenhuma grande equipe, ao contrário, demonstra ser um time ainda inexperiente em campo, mas isso não impediu a equipe de se organizar dentro das próprias limitações e quase sair com triunfo nesta noite, o que não seria nada de anormal pela postura covarde do Tricolor na segunda etapa. A tão desejada regularidade ainda não foi vista na temporada.


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