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Bahia tem o segundo maior porcentual de evasão escolar entre adolescentes do país

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Bahia tem o segundo maior porcentual de evasão escolar entre adolescentes do país

Governador reconhece que o estado carrega há décadas indicadores de educação muito baixos

Bahia tem o segundo maior porcentual de evasão escolar entre adolescentes do país
Foto: Claudionor Jr Ascom/ Educação GOV

A Bahia registrou o quarto maior porcentual entre os estados do país de crianças de 4 ou 5 anos na escola (96,8%), mas, apesar disso, duas em cada dez crianças de 11 a 14 anos (19,9%), no segundo ciclo do ensino fundamental, deixam as unidades de ensino do estado. Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) divulgados nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quatro em cada dez adolescentes baianos entre 15 a 17 anos (44,6%) deixam a escola ou ainda não chegaram ao ensino médio. É o segundo maior porcentual do país, atrás apenas de Sergipe (49,2%).

No ano passado, apenas cerca de quatro em cada 10 baianos (39,7%) haviam concluído pelo menos o nível médio, e as pessoas de 25 anos ou mais de idade haviam estudado, em média, 7,9 anos – ou seja, não tinham sequer concluído o ensino fundamental.

Ensino Superior

O porcentual de pessoas de 25 anos ou mais de idade que concluíram a universidade no estado (10,1%) só é maior que o do estado do Maranhão (8,6%) e praticamente não mudou em relação a 2017 (9,9%).

Menos de dois em cada dez jovens entre 18 a 24 anos (16,0%) estavam cursando o ensino superior. Esse é o menor percentual do país. As mulheres e pessoas de cor branca, que registraram a menor defasagem, predominam entre quem tem ensino superior na Bahia, representando 64,4% e 67,2% do total, respectivamente.

O porcentual de baianos de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham avançaram pelo segundo ano seguido e chega a 28,2% em 2018. Já a taxa de analfabetismo (12,7%) se manteve na Bahia, entre 2017 e 2018. Nove em cada dez pessoas que não sabem ler nem escrever no estado (87,6%) têm 40 anos ou mais de idade.

Ideb

Em entrevista recente à Record News, o governador Rui Costa reconheceu que a Bahia carrega há décadas indicadores de educação muito baixos em relação a outros estados. E comentou o motivo de o estado ter o pior Indicador de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do país com nota 3,0, abaixo 1,3 da meta do Ministério da Educação (MEC).

“Muitos alunos de baixa renda abandonam a escola. Se fosse apenas pela nota, a Bahia estava numa situação muito melhor. Temos um abandono e reprovação alta. Isso que puxa o desempenho da Bahia pra baixo”, afirmou.

Ele disse que o estado está trabalhando essas dificuldades, fazendo reuniões com os coordenadores das escolas para flexibilizar o ensino e tornar mais atrativa a metodologia, principalmente, dos alunos que, em algumas regiões do estado, saem da escola em períodos de colheita para trabalhar e não voltam .

O que diz a secretaria da Educação

Em nota enviada ao Farol da Bahia após o fechamento da reportagem, às 22h30 desta quarta-feira (19), a Secretaria Estadual da Educação afirma que tem desenvolvido uma série de ações para tornar a escola mais atraente para os estudantes e combater o abandono. "Uma das iniciativas é o projeto Escolas Culturais, presente em 85 unidades escolares da rede estadual, e os Centros Juvenis de Ciência e Cultura, que oferecem 75 cursos e oficinas nos turnos opostos aos quais os estudantes estão matriculados na escola regular", diz o texto.

“Desde 2007 que o Estado vem fazendo um esforço, por meio do regime de colaboração com os municípios, para alfabetizar todas as crianças baianas na idade certa. Esta pesquisa [PNAD] mostra o resultado desta parceria que estamos fortalecendo cada vez mais com a UNDIME, a UPB, UNCME, com as universidades, os Institutos de Ensino Superior e, também, com os secretários de Educação dos Estados do Nordeste para uma agenda comum das aprendizagens”, afirmou o secretário da educação, Jerônimo Rodrigues.

A pasta também destacou que o programa Todos pela Alfabetização (TOPA) alfabetizou desde 2007 cerca de 1,5 milhão de pessoas, incluindo povos e comunidades tradicionais. 

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