Brasileiro tem medo de perder dinheiro com aplicações, diz CNDL e SPC Brasil

Maioria das pessoas não consegue guardar recursos

[Brasileiro tem medo de perder dinheiro com aplicações, diz CNDL e SPC Brasil]

FOTO: Arquivo/ Agência Brasil

No fim do mês, a história é sempre a mesma para a grande maioria dos brasileiros: não sobra muito dinheiro para aplicar e quem consegue fazer uma reserva recorre na maioria das vezes a operações de menor risco.

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostrou que no mês de abril a poupança manteve a liderança dentre as modalidades de investimento com 65% da preferência.

Manter o dinheiro em casa foi a opção de 25% dos poupadores, enquanto que 20% preferiu manter o recurso parado na conta corrente. Apenas 8% investiu em previdência privada e 7% em títulos do tesouro direto.

O principal motivo que justifica esses indicadores é o perfil conservador do brasileiro: 28% preferiram guardar o dinheiro em um lugar onde possam sacar com facilidade, outros 28% disseram que o recurso não sobra o suficiente para investir em outros tipos de aplicações que não as tradicionais, 20% disseram já estar acostumados com as modalidades tradicionais. E 17% afirmaram ter medo de perder dinheiro.

O estudante universitário Maurício Almeida, 27, se enquadra neste último perfil. Ele conta que nunca fez aplicações financeiras por medo. “Já não tenho muito [dinheiro], imagina perder o pouco que tenho”, afirmou ao Farol da Bahia.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o medo acontece porque há um grande desconhecimento das opções de investimento disponíveis. “É essencial conhecer as regras e o funcionamento de outras aplicações para tomar as melhores decisões”, analisou.

O levantamento mostra que a maioria dos brasileiros (69%) ainda não consegue guardar dinheiro. Apenas 21% tem algum tipo de reserva financeira. O valor médio do investimento é de R$ 374.

Preocupações

O principal objetivo de seis em cada dez pessoas que poupam é guardar dinheiro para situações inesperadas como o desemprego e despesas com saúde. Outra preocupação é garantir um futuro melhor para os familiares (36%) e se prepararem para aposentadoria (14%).

Dentre os poupadores, 40% tiveram que sacar parte dos recursos guardados, sendo que 10% destinaram para cobrir imprevistos, 13% para pagar contas do mês e outros 10% para saldar dívidas atrasadas.


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