Baigorri diz que quer velocidade de 5G do tipo Ferrari e não Fusca
Carlos Baigorri é relator do edital na Anatel

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O relator do edital de licitação do G5, Carlos Baigorri, diz que as empresas de telecomunicações não podem escolher investimentos, já que pediram para que a arrecadação não fosse prioridade no leilão. “Queremos uma Ferrari para o 5G e não vamos aceitar um Fusca”, afirmou ele ao Estadão/Broadcast.
A proposta foi apresentada por Baigorri na última segunda-feira (1º) e já conta com apoio da maioria do conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O edital estabelece que o uso integral da faixa de 3,5 GHz, no qual o 5G será transmitido, dividido em quatro blocos de abrangência nacional e oito regionais.
“Já que vamos pagar pela rede 5G, pois cada exigência será descontada do valor da outorga (o valor que o governo cobra para exploração do serviço), que seja o 5G no estado da arte, o melhor 5G possível”, afirmou. “Do contrário, estaremos vendendo para a sociedade um 5G do estilo Ferrari, mas entregando um Fusca. Ambos são carros, mas não são a mesma coisa. Se vou pagar por uma Ferrari, quero uma Ferrari, não um Fusca.”
Baigorri disse ainda que se a Anatel permitir que o 5G comece a partir das redes atuais, as operadoras do país podem tirar vantagem. “Quem vai querer entrar no mercado e disputar o leilão desse jeito, tendo de construir uma rede 4G para, a partir dela, evoluir para o 5G?”, questionou.
O conselheiro afirmou que o Tribunal de Contas da União (TCU) exige que o leilão seja formulado de forma que dê condições iguais de competitividade a todos.
A tecnologia 5G é a quinta geração das redes de comunicações móveis, e promete uma velocidade de até 20 vezes superior ao do 4G. O 5G é uma aposta de nova revolução tecnológica para educação, saúde e entretenimento.