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Barroso define Alexandre de Moraes como relator de ação do PSOL contra derrubada de decretos do IOF

Mudança ocorre após Gilmar Mendes apontar conexão com processo do PL

Por Da Redação
Ás

Barroso define Alexandre de Moraes como relator de ação do PSOL contra derrubada de decretos do IOF

Foto: Antonio Augusto/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, determinou nesta segunda-feira (30) o ministro Alexandre de Moraes como relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada pelo PSOL contra a decisão do Congresso Nacional que anulou decretos do governo federal sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A ação foi protocolada pelo PSOL na última sexta-feira (27), com o argumento de que o Congresso teria extrapolado suas competências constitucionais ao sustar os decretos editados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tratavam de ajustes no IOF. Segundo o partido, a medida do Legislativo viola o princípio da separação dos Poderes.

“Ao sustar o decreto presidencial sem que haja demonstração de qualquer transgressão aos limites constitucionais e legais, o Congresso Nacional extrapolou os contornos da Constituição”, diz a petição apresentada ao STF.

Inicialmente, o processo foi sorteado para o ministro Gilmar Mendes. No entanto, ele apontou conexão da ação com outro processo, de relatoria de Alexandre de Moraes, movido pelo Partido Liberal (PL), que questiona a legalidade do aumento das alíquotas do IOF pelo governo federal.

Na ação apresentada no início do mês, o PL alega que o Executivo utilizou o tributo com finalidade arrecadatória, em desacordo com sua natureza extrafiscal. Segundo a legenda, esse tipo de alteração deveria ser feito por meio de lei, e não por decreto presidencial.

Ao acatar o pedido de redistribuição, Barroso destacou a necessidade de evitar decisões conflitantes no STF. Para o presidente da Corte, as ações tratam de questões interligadas.

“As peculiaridades da causa convencem da necessidade de redistribuição do processo”, afirmou Barroso em despacho.

Atuação do governo

Paralelamente, o governo federal solicitou à Advocacia-Geral da União (AGU) um parecer sobre a legalidade da decisão da Câmara dos Deputados. A informação foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Segundo Haddad, o presidente Lula avalia recorrer ao Judiciário caso a AGU entenda que houve invasão de prerrogativas do Executivo. “Se a resposta for positiva, ele deve recorrer à Justiça”, afirmou.

O ministro também declarou que não vê omissão do presidente na condução do caso e que a medida faz parte do respeito à Constituição.

Agora caberá ao ministro Alexandre de Moraes conduzir os dois processos no STF, que devem avaliar tanto a atuação do Executivo ao alterar o IOF por decreto quanto a legitimidade da reação do Congresso ao sustar os atos do governo.

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