BC estima que atividade econômica deve desacelerar nos próximos trimestres

Motivo se dá pela alta nos juros e previsão de inflação elevada em 2023

Por Da Redação
Ás

BC estima que atividade econômica deve desacelerar nos próximos trimestres

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central observa um enfraquecimento da atividade econômica nos próximos trimestres como resultado da alta nos juros e uma inflação elevada em 2023, devido as medidas em discussão para reduzir o preço dos combustíveis, segundo consta na ata da reunião divulgada nesta terça-feira (21). 

Na reunião, que decidiu por um aumento de 12,75% para 13,25% na taxa básica de juros na semana passada, os membros pontuaram que os indicadores de atividade econômica contribuíram positivamente para a economia. 

Porém, os riscos de desaceleração global, que saiu de 2% para 13,25% em pouco mais de um ano, devem impactar negativamente o crescimento econômico. “O Comitê avalia que a atividade deve desacelerar nos próximos trimestres quando os impactos defasados da política monetária se fizerem mais presentes”, aponta a ata.

Na ata, o Copom ainda cita que a maior parte do efeito da alta nos juros não impactou a economia. “O Copom iniciou sua discussão com a avaliação do ciclo de ajuste empreendido até a presente reunião. Ressaltou-se que o ciclo de aperto monetário corrente foi bastante intenso e tempestivo e que, devido às defasagens de política monetária, ainda não se observa grande parte do efeito contracionista esperado bem como seu impacto sobre a inflação corrente”, diz o documento.

Em todas as reuniões do Copom, os membros avaliam o cenário econômico e constroem cenários de referência. Na reunião da última semana, esse cenário tinha juros em 13,25% ao final de 2022, 10% em 2023 e 7,5% em 2024.

Dessa maneira, a inflação ficaria em 8,8% este ano, 4% em 2023 e 2,7% em 2024. No entanto, a ata aponta que os juros deverão ser um pouco mais altos e deverão ficar em um patamar mais elevado por mais tempo para que a inflação de 4% em 2023 seja atingida.

“Dessa forma, a estratégia de convergência para o redor da meta exige uma taxa de juros mais contracionista do que o utilizado no cenário de referência por todo o horizonte relevante”, diz a ata.

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