BC informa que mais de 48 milhões de pessoas ainda têm "dinheiro esquecido"; Quantia supera R$ 9 bilhões
Consulta poderá ser feita por meio do site do Banco Central

Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil
O Banco Central (BC) informou que ainda existem, nas instituições financeiras, R$ 9,73 bilhões em "recursos esquecidos" pelos clientes. A informação foi divulgada nesta terça-feira (11). O balanço considera valores que foram contabilizados até setembro.
Do valor total:
R$ 7,6 bilhões são recursos de 48,6 milhões de pessoas físicas;
R$ 2,12 bilhões são valores de 4,73 milhões de empresas.
Até o momento, o Banco Central disse que já foram devolvidos R$ 12,21 bilhões em recursos que estavam esquecidos nas instituições financeiras.
O sistema do BC permite consultar se pessoas físicas (incluindo as mortas) e empresas deixaram valores para trás em bancos, consórcios ou outras instituições.
O prazo oficial para poder buscar os recursos teria, em tese, sido encerrado no dia 16 de outubro de 2024. Contudo, o Ministério da Fazenda disse que não há prazo para os clientes resgatarem os valores nas instituições financeiras.
De que forma consultar o dinheiro esquecido?
O único site em que é possível realizar a consulta e saber como pedir a devolução dos valores para pessoas jurídicas ou físicas, incluindo as mortas, é este aqui.
Por meio do Banco Central, os valores só serão liberados para os que fornecerem uma chave Pix para devolução.
Se não tiver uma chave cadastrada, o interessado terá que entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento. Outra opção é a criação de uma chave e voltar ao sistema para fazer a solicitação.
No caso de valores a receber de pessoas mortas, é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para consultá-los. Também é preciso preencher um termo de responsabilidade.
Depois da consulta, é preciso entrar em contato com as instituições em que há valores a receber e verificar os procedimentos.
Pedido automático
Desde o dia 27 de maio, o BC disse que é possível habilitar uma solicitação automática de resgate de valores a receber.
A novidade, de acordo com a instituição, é que a adesão ao novo serviço é facultativa.
Agora, quem desejar, pode automatizar as solicitações. As outras funcionalidades do sistema seguem iguais.
"O propósito é facilitar ainda mais a vida do cidadão, que não precisará consultar o sistema periodicamente nem registrar manualmente a solicitação de cada valor que existe em seu nome", disse o Banco Central, na ocasião.


