A derrota do Bahia por 3 a 1 para o Internacional, na noite da última quarta-feira (12), ficou marcada por um lance muito polêmico. Aos 18 minutos do primeiro tempo, Rodrigo Lindoso, em posição de impedimento, abriu o placar para o Colorado. Após três minutos de consulta do VAR, o lance foi validado, para o desespero do time tricolor. No final do jogo, o presidente do time baiano, Guilherme Bellintani concedeu entrevista coletiva para falar sobre o lance.

O mandatário relembrou que o Bahia já havia sido favorável a implantação do VAR ainda em 2018, disse que o objetivo do clube é contribuir para evolução do futebol brasileiro e cobrou ações da CBF. “Em todo momento que o Bahia participa das discussões de novas políticas do futebol brasileiro, sempre temos procurado tomar posições que sejam avançadas e de transformações. Assim foi com o VAR no ano passado, quando o Bahia e outros seis clubes apoiaram a implantação do VAR já no Campeonato Brasileiro de 2018. Fomos votos vencidos por 13 a 7. Esse ano, felizmente, o VAR foi aprovado por unanimidade. Nós defenderemos sempre o uso da tecnologia. Agora, para mim, está claro, independente do aparente erro grosseiro, não só do jogo do Bahia agora, o jogo anterior, contra o Ceará, também tivemos um lance absolutamente duvidoso de pênalti, em que sequer o VAR foi consultado. O que fazemos neste momento, como temos feito em todos os outros momentos de decisão e de posicionamentos estratégicos para o avanço do futebol brasileiro, é clamar que a Confederação Brasileira de Futebol e todos os seus responsáveis, a Comissão de Arbitragem, entenda que não é a tecnologia que vai resolver, se as pessoas não estiverem preparadas para usar a tecnologia”, afirmou.

Bellintani também descartou um possível pedido de anulação da partida, mas segundo o dirigente, caso o erro seja confirmado, o Bahia vai atrás de punição para o árbitro Paulo Roberto Alves Júnior. Detalhe: foi o mesmo juiz que apitou a polêmica vitória do Palmeiras sobre o Botafogo, vencida pelo alviverde por 1 a 0, e com julgamento marcado para próxima terça (18).
“Não acho que é caso de anulação. Eu estudei bastante as regras do VAR, votei favoráveis a elas. No meu entendimento, não se encaixa, neste caso, um pedido de anulação. O que o Bahia provoca, neste caso, é, primeiro, que o sistema seja aprimorado basicamente com o aprimoramento das pessoas que lidam com ele. E a segunda coisa é: Se houve erro, eu quero ser cauteloso, apesar de as imagens, pelos ângulos que temos, serem muito claras. Se houve erro, que essas pessoas sejam punidas. Porque sofremos nossas punições. Nosso treinador recebe um cartão amarelo. Nosso jogador recebe um cartão vermelho quando erra. Tomamos gol quando erra. As pessoas, quando erram, precisam ser punidas. Se identificado, vai punir”, disse.

O presidente ainda pontuou outros supostos erros de arbitragem contra o Tricolor. “Solicitamos à Conmebol no ano passado as imagens do VAR do nosso jogo contra o Atlético-PR, nós fomos eliminados da Copa Sul-Americana, precisamos fazer quatro gols para valer um. Fomos eliminados no ano passado, também na nossa avaliação, com erros grosseiros do VAR. Até hoje estamos esperando essa imagem”, afirma.