Besouro de 230 milhões de anos é encontrado em cocô de dinossauro

Especialistas afirmam que ele é o primeiro do tipo a ser descrito a partir de fezes fósseis

Por Da Redação
Ás

Besouro de 230 milhões de anos é encontrado em cocô de dinossauro

Foto: Reprodução/Qvarnström et al

O Triamyxa coprolithica, uma nova espécie de besouro de cerca de 230 milhões de anos, foi encontrada por pesquisadores nas fezes fossilizadas (também chamada de coprólito) de um dinossauro. O minúsculo inseto, cujo corpo mede em torno de 0,5 milímetro (mm), em excelente estado de conservação. Baseado no estudo do fóssil, seu corpo foi reconstituído com a ajuda da tecnologia 3D.

A descoberta, publicada nesta quarta-feira (30) pela revista "Current Biology", sinaliza uma rica fonte paleontológica que pode estar abrigada no excremento de outros animais fossilizados. O pequeno besouro foi encontrado nas fezes de um ancestral que, provavelmente, foi o dinossauro Silesaurus opolensis, do período Triássico, de acordo com os pesquisadores.

O estudo é conduzido por paleontólogos de vertebrados da Uppsala University e entomologistas da National Sun Yat-sen University (Taiwan), Friedrich-Schiller-Universität Jena (Alemanha) e Universidad de Guadalajara (México). O besouro representa uma linhagem desconhecida, extinta até então, da subordem Myxophaga, cujos representantes modernos são pequenos e vivem de algas em ambientes úmidos, segundo o portal científico EurekAlert!.

"Ficamos maravilhados com a abundância e a fantástica preservação dos besouros no fragmento de coprólito. De certa forma, devemos agradecer muito ao Silesaurus, que provavelmente foi o animal que nos ajudou a acumulá-los.", destacou Martin Qvarnström, pesquisador da Uppsala University e um dos co-autores do artigo.

O nome dado à nova espécie, Triamyxa coprolithica, faz referência a seu período de origem, o Triássico, e indica seu pertencimento à subordem Myxophaga. De acordo com o EurekAlert!, é provável que o pequeno besouro tenha vivido em ambientes semiaquáticos ou úmidos.

Os pesquisadores acreditam que os besouros foram ingeridos pelo Silesaurus opolensis, que produziu as fezes encontradas. O ancestral tinha um bico, pesava em torno de 15kg, media cerca de 2 metros de comprimento e vivia, no período Triássico, no que hoje é o atual território da Polônia.

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