Boicote de marcas afeta a imagem do Facebook

Marcas e sociedade cobram da rede social um enfrentamento sobre campanhas de ódio

[Boicote de marcas afeta a imagem do Facebook ]

FOTO: Reprodução/G1

O Facebook está enfrentado o boicote dos grandes anunciantes em decorrência da campanha #StopHateForProfit — Pare o ódio que gera lucro. A rede social terá uma perda mais na imagem que financeiramente. Os 100 maiores anunciantes representam 6% da renda publicitária, muito fragmentada entre pequenos e médios.  

Marcas como Unilever e Coca-Cola argumentam que as redes fazem muito pouco para conter a onda de ódio, preconceito e desinformação que polariza a sociedade, torna os frequentadores irritadiços e facilita a eleição de populistas autoritários. 

O movimento começou quando o presidente americano Donald Trump tuitou uma frase de uso corrente pela Ku Klux Klan na primeira metade do século 20 — ‘Quando os saques começam, os tiros seguem’. Trump queria enviar polícia armada, talvez o Exército, contra ativistas do movimento Vidas Negras Importam. Os militares logo protestaram dizendo que não se envolveriam. O Twitter marcou a mensagem do presidente como discurso de ódio. O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse que preservaria a liberdade de expressão de um líder eleito.

Para as marcas, as redes estão causando danos à democracia. E estes danos se revelam no comportamento dos políticos eleitos no seu rastro. A maioria destas marcas não tem por hábito se envolver com causas políticas. A sociedade olha para o Facebook dizendo que ele se tornou um problema.


 


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