Bolsonaro diz que Mercosul não pode ser 'sinônimo de ineficiência'

Em reunião, presidente critica a Argentina

Por Da Redação
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Bolsonaro diz que Mercosul não pode ser 'sinônimo de ineficiência'

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse nesta quinta-feira (8), em discurso na cúpula de chefes de Estado dos países-membros, que o bloco não pode ser visto como "sinônimo de ineficiência" e que o "Brasil tem pressa" para ver mudanças nas regras. “Não podemos deixar que o Mercosul continue a ser visto como sinônimo de ineficiência, desperdício de oportunidades e restrições comerciais. De modo a superarmos essa imagem negativa do bloco, o foco do Brasil tem privilegiado a modernização da agenda econômica do Mercosul”, disse.

O Brasil assume a presidência do bloco nesta nesta quinta. Ainda na ocasião, o presidente afirmou que o último semestre, período no qual a Argentina assumiu a presidência temporária do bloco, “deixou de corresponder às expectativas" por não ter avanços em dois pontos defendidos pelo governo brasileiro: a revisão da tarifa externa comum (TEC) e a flexibilização de acordos unilaterais com países de fora do Mercosul. De acordo com Bolsonaro, o Brasil tem "sede de resultado".

“Senhoras e senhores, o Brasil tem pressa. Os ministros e negociadores do Mercosul já estão cientes de nossa sede de resultados. Precisamos lançar novas negociações e concluir os acordos comerciais pendentes, ao mesmo tempo em que trabalhamos para reduzir tarifas e eliminar outros entraves ao fluxo entre nós e com o mundo em geral”, afirmou.

Na última quarta-feira (8), véspera da reunião de cúpula de presidentes do Mercosul, o governo do Uruguai surpreendeu ao anunciar, em reunião de ministros das Relações Exteriores, a decisão de iniciar negociações de acordos comerciais com países fora do bloco. A iniciativa fere, na visão dos governos da Argentina e do Paraguai, uma das regras fundamentais do Mercosul: a exigência de consenso. “A persistência de impasses, o uso da regra do consenso como instrumento do veto e o apego a visões arcaicas e viés defensivo terão o único efeito de gerar ceticismo quanto ao Mercosul. O Brasil não vai parar nos esforços para modernizar sua economia e sociedade. Queremos que nossos sócios sejam nossos companheiros”, disse o presidente brasileiro.  

Ao final da reunião, quando o presidente da Argentina, Alberto Fernández, passou a presidência temporária para o Brasil, Bolsonaro brincou com o argentino, dizendo que a única rivalidade entre os dois países se dá no futebol.

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