Brasil encerrará 2022 com baixa cobertura vacinal, aponta SUS
Até o dia 20 de dezembro de 2022, apenas 60,56 % da população havia completado o esquema

Foto: José Cruz /Agência Brasil
O Brasil tem apenas 60,56% da população com o esquema vacinal completo, segundo dados do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), até o dia 20 de dezembro de 2022. O índice baixo fez com que a Organização Mundial de Saúde (OMS) colocasse o país entre os de maior risco para a volta da poliomielite e a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) alertar que o único imunizante com cobertura vacinal contra a tuberculose, é o BCG.
Desde 2015, o país apresenta quedas frequentes na cobertura vacinal de crianças e adolescentes. Em 2019, esse índice foi de 60,89%. A justificativa para chegarmos aos menores índices da história foi a pandemia e o isolamento social.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece vacinas contra 20 doenças, em 38 mil salas de vacinação espalhadas pelo país. O número considerado ideal pelo Ministério da Saúde e OMS varia de acordo com cada imunizante, mas são esperadas coberturas acima dos 85% para evitar que as doenças circulem.
O Brasil foi considerado modelo de vacinação no mundo por mais de uma década. Entre as ações apontadas para reverter essa situação já em 2023 estão a realização de campanhas de conscientização e comunicação por parte das autoridades de saúde, investimento em capacitação, distribuição e pessoal para trabalhar em horários alternativos e a criação de mutirões de vacinação.
De acordo com estimativas da OMS, de 2020, as vacinas evitam quatro mortes no mundo por minuto e geram uma economia equivalente a R$ 250 milhões por dia.