Brasil gasta mais que países desenvolvidos com salários de servidores, aponta CNI
País ocupa a sexta posição, à frente de 64 países

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
A partir de uma análise elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde em uma lista de 70 países, o Brasil ficou em sexta posição entre os que mais gastam com pagamento de servidores. Toalizando servidores da União, estados e municípios, as despesas equivaleram a 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.
O levantamento foi enviado ao Ministério da Economia e para autoridades do Legislativo. No ranking da CNI, o Brasil está à frente de países como Suécia (12,7%), França (12,1%), Itália (9,5%) e Alemanha (7,5%). Na América Latina, os percentuais também são inferiores: Colômbia (6,4%), Peru (6,6%) e Chile (6,9%).
Entre os países que superam o percentual do Brasil destacam-se Arábia Saudita (16,5%), Dinamarca (15,3%), África do Sul (14,6%) e Noruega (14,3%).
Devido aos custos altos, o Ministério da Economia enviou ao Congresso Nacional uma proposta de reforma administrativa com o objetivo de reduzir as despesas e diminuir a máquina pública. Nos setor público federal, a remuneração de trabalhadores é 67% maior, o índice mais alto, segundo estudo do Banco Mundial.
No total, os gastos com servidores federais somaram R$ 319,5 bilhões em 2019, dos quais 56,5% com trabalhadores ativos e 43,5% com inativos. A maior parcela da despesa com pessoal ativo é do Executivo: 75,7%, segundo o Atlas do Estado Brasileiro 2018, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O Poder Executivo concentra a maior parte dos servidores (85,2%) em âmbito federal.