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Brasil gasta oito vezes menos com despesas médicas do que países desenvolvidos

Segundo relatório, o governo brasileiro gasta menos de 50% com financiamento

Por Da Redação
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Brasil gasta oito vezes menos com despesas médicas do que países desenvolvidos

Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Um cálculo feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) detalhou que são gastos, por dia, R$ 3,83 para cobrir despesas médicas para cada habitante brasileiro. Mesmo tendo um dos maiores sistemas de saúde universais, o país investe quase oito vezes menos do que países desenvolvidos. 

Através do relatório de Estatísticas Sanitárias 2020, da Organização Mundial da Saúde (OMS), observa-se que enquanto o país, em 2017, alcançava US$ 389 por pessoa, no Reino Unido, cujo sistema serve como referência às autoridades brasileiras, o investimento público per capita foi de US$ 3.064 por ano, 7,9 vezes superior ao montante nacional.

Ao ser comparado com outras nações, segue as diferenças dos investimentos: a França gastou US$ 3.376 com saúde, em 2017, enquanto no Canadá foram investidos US$ 3.505 por pessoa, Espanha (US$ 1.770) e Argentina (US$ 959). 

Ainda segundo o relatório, outra desvantagem é o percentual do Produto Interno Bruto (PIB) gasto na área de saúde e que vem de verba pública. O governo federal brasileiro gasta menos de 50% com o financiamento, e o restante é completado pelos serviços privados e compra de medicamentos por parte das famílias. 

“A proporção de outros países com a universalização é muito superior. Em relação ao PIB, está muito próximo de outros países. A rede privada no Brasil contribui com mais de 50% do valor, então, esses 42% de gastos públicos são infinitamente inferiores a vários outros países. Precisamos encontrar mecanismos para que nós cheguemos a maiores valores de contribuição do Estado, para melhor atender, assim, a demanda da população”, afirma Hideraldo Cabeça, primeiro secretário do CFM.

Ao ser questionado pelo Correio Braziliense sobre como a pasta pretende aproximar a saúde brasileira ao mesmo patamar das internacionais, o Ministério da Saúde informou que “Cabe ressaltar que as regras de financiamento da Saúde pela União até 2015 tinham como base a variação nominal do PIB e, posteriormente, pela Receita Corrente Líquida (EC 86/2015) e pela variação do IPCA (EC 95/2016). A variação do gasto em Saúde da União está relacionada aos regramentos citados”. 

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