Brasil não adota proposta dos EUA sobre internet com fluxo livre de informações
Países como China, Índia e Rússia também optaram por não aderir

Foto: Agência Brasil
Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (28), um projeto nomeado como Declaração para o Futuro da Internet (DFI), voltado para a defesa de uma rede aberta e com fluxo livre de informações. O Brasil, no entanto, decidiu não aderir a proposta.
A iniciativa angariou apoio e assinaturas de cerca de 60 países, além da Comissão Europeia. No entanto, nações como a China, Índia e Rússia também ficaram de fora da declaração.
Segundo os EUA, o projeto visa assegurar que as tecnologias digitais não consigam "enfraquecer" a democracia e o respeito aos direitos humanos.
As nações que adotaram passaram a concordar em aplicar a neutralidade da rede e em não utilizar a internet de forma que prejudique processos eleitorais, por exemplo. Além disso, também não poderão reduzir a velocidade da rede de forma intencional para usuários específicos ou investir em campanhas de desinformação.
Dentre os países que prestaram apoio ao projeto estão a Alemanha, Argentina, Austrália, Colômbia, Espanha, França, Japão, Portugal e Reino Unido.
O assistente especial de tecnologia da Presidência dos EUA, Tim Wu, apontou que a proposta não é direcionada a um país específico, apontando se preocupar com a censura de veículos de comunicação e vigilância ilegal.
Segundo a Casa Branca, existe uma “tendência de crescente autoritarismo digital”, que utiliza de dados da internet a fim de impedir a liberdade de expressão, interferir em eleições, negar direitos humanos a cidadãos e censurar jornais independentes.