Brasil pós-manifestações

[Brasil pós-manifestações]

FOTO: Fabio Pozzebom

Maio de 2019 pode se tornar um mês emblemático na história política do Brasil. As duas manifestações, dos dias 15 e 26, foram legítimos atos populares, apoiados em pautas democráticas, que pressionam tanto o Executivo como o Legislativo federal a trabalharem com seriedade e compromisso pelo desenvolvimento do país.

É de se relevar que mais de 200 cidades brasileiras foram palco deste clamor e, independente do número de participantes em cada protesto, ou da natureza opositora ou pró-governo, a mensagem é alta e clara: espera-se reação imediata de cada instituição pressionada para tirar projetos e medidas da teoria e aplicá-las de fato.

A divergência de pautas, aliás, denota a urgência de se construir uma ponte entre o abismo que mantém o radicalismo e o bom senso tão apartados e isolados em suas convicções, nada mais do que a já famigerada ideia de polarização, seja na sociedade como na política nacional. Ninguém governa sozinho e um armistício é bem-vindo nesta semana pós-manifestações, um gesto nobre que apesar de quase utópico, é uma das poucas vias possíveis para seguir adiante sem fortes turbulências.

Qualquer tentativa de minimizar a contundência dos atos deste domingo são, por certo, desnecessários e imorais tentativas de manter o caos no país. Números são irrisórios neste momento, e o que realmente importa é ouvir cada manifesto democrático das ruas, da reforma da Previdência à responsabilidade com a Educação. No Brasil pós-manifestações, a pressão e os embates continuam, certo de que dias melhores emergirão somente com mudanças e compromisso dos políticos em reagirem e tocarem as transformações.
 


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