Brasil possui "caixa-preta" de R$ 800 bi em renúncias fiscais, afirma Haddad

Para o ministro da Fazenda, a reforma tributária, aprovada em dezembro de 2024, terá efeitos extraordinários sobre o ambiente de negócios brasileiros

Por Da Redação, Agência Brasil
Ás

Atualizado
 Brasil possui "caixa-preta" de R$ 800 bi em renúncias fiscais, afirma Haddad

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou, durante o evento Nova Indústria Brasil, realizado nesta segunda-feira (26), no Rio de Janeiro, que o Brasil possui uma "caixa-preta" de R$ 800 bilhões em renúncias fiscais.

"Falava-se muito da caixa-preta do BNDES e hoje a gente descobriu uma caixa-preta no Orçamento federal de R$ 800 bilhões em subsídios. Ao invés de oferecer uma alíquota média de tributos menor para todo mundo, a gente resolve escolher os campeões nacionais que levam o grosso do Orçamento. Aquele que paga imposto fica prejudicado por aquele que fez do lobby a sua profissão de fé", afirmou Haddad.

Entretanto, o ministro não detalhou quais são os subsídios, os setores que mais recebem esses incentivos ou o motivo da renúncia fiscal.

Ele também afirmou que a reforma tributária, aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2024, terá efeitos extraordinários sobre o ambiente de negócios brasileiros.

"Começando pelo fato de que a desoneração do investimento vai ser de 100%, A desoneração da exportação vai ser de 100%, a guerra fiscal vai acabar entre os estados, inclusive a guerra fiscal dos estados com a União também vai acabar, em benefício do bom empresário", explicou o ministro.

Em seu discurso, Haddad declarou que a carga tributária do Brasil hoje é menor que há dez anos. "Temos desafios a enfrentar, sobretudo em relação ao equilíbrio orçamentário", ressaltou o ministro. Segundo ele, o governo Lula (PT) assumiu, em 2023, com um déficit primário estrutural de 2%.

"Com apoio de parte do Congresso, estamos conseguindo avançar no sentido de estabilizar o Orçamento e criar as condições macroeconômicas para a indústria voltar a se desenvolver", afirmou.

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