Caminhão arrasta moto por 30 km, matando mulher
Caminhoneiro foi preso preventivamente após acidente, com suspeita de uso de drogas

Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal
Sandra Aparecida Pereira, de 47 anos, foi sepultada nesta segunda-feira (8), no cemitério municipal Camboriú. Ela estava em uma moto que foi arrastada por mais de 30 quilômetros por uma carreta na BR-101, em Penha, no Litoral Norte catarinense. Ela caiu na pista com a colisão. O marido, Anderson Antônio Pereira, de 49 anos, que precisou escalar a cabine da carreta e se pendurar na porta até que o caminhoneiro parasse, teve alta médica e esteve no enterro da companheira.
A vítima sofreu traumatismo craniano e não resistiu a duas paradas cardíacas no Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, e morreu no domingo (7).
"Anderson está muito abalado e com dores no corpo, mas sem fraturas", informou o primo, Marcio Pereira, que conversou com o marido de Sandra após o acidente.
Segundo o primo, o motociclista declarou, que o caminhoneiro desferiu socos contra ele no momento em que estava pendurado no caminhão. "Um filme de terror", descreveu o primo sobre o relato de Anderson.
"Ele me contou que ficou desacordado por alguns instantes. Quando acordou, tentou entender o que havia acontecido, logo ele viu que a esposa não estava atrás e, com o caminhão em alta velocidade, decidiu escalar o veículo. Ele conseguiu chegar na porta do motorista e chorando, pediu para ele parar", conta o primo.
O Anderson falou: "Para, para minha esposa, a moto não importa". Mas o motorista ria e dava socos. Anderson está com a boca machucada", ainda relatou o primo.
Os familiares disseram que Sandra era muito caseira e gostava de viajar com Anderson. Passeios de moto eram menos comuns para o casal, que havia adquirido a motocicleta há cerca de dois meses.
"Eles eram um casal cristão e líderes de casais. Sandra era amiga, vizinha, prima e muito querida, sorridente e trabalhadeira", lembrou o familiar.
O motorista teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele está preso no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí.