Câncer de testículo: preconceito atrapalha o tratamento

Oncologista destaca que o autoexame é um dos fatores que contribuem para a grande chance de cura dos tumores de testículo

[Câncer de testículo: preconceito atrapalha o tratamento]

FOTO: Reprodução

Grande parte dos casos de óbito por câncer de testículo ocorre devido ao preconceito, vergonha ou machismo dos pacientes, que não buscam ajuda ou param o tratamento. E apesar da sua agressividade, quando detectado precocemente, esse tipo de tumor maligno apresenta altas chances de cura.

Identificando – A análise é feita através de um exame clínico, que consiste na palpação dos testículos, e pelo ultrassom. Apesar de não existir nenhum método de prevenção, o oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), Daniel Gimenes, ressalta a importância do tratamento. “Consiste em uma cirurgia para a retirada dos testículos doente e colocação de prótese para repor o espaço deixado pela retirada do mesmo. Em casos mais avançados, temos a possibilidade de quimioterapia e radioterapia”, ressalta.

O câncer de testículo apresenta-se como um nódulo endurecido, indolor, que é palpável pelo próprio indivíduo. No entanto, o médico destaca que nem todo nódulo encontrado pode ser um tumor. “A minoria que se caracteriza pela malignidade, na grande maioria são benignos, como a varicocele e hidrocele”, pontua.

Sintomas – O principal é o aumento do testículo, acompanhado ou não de dor. Entretanto, é preciso estar atento a outras alterações como a presença de nódulos ou endurecimentos, sangue na urina e aumento ou sensibilidade dos mamilos. Ao encontrar qualquer alteração, vá ao médico. “A ida ao consultório tem que ser periódica, e caso apareça algum sinal ou sintoma, é imprescindível procurar por ajuda médica”, finaliza.

Infertilidade – Mesmo com a probabilidade de o câncer gerar infertilidade, o oncologista revela que após a realização do tratamento, o paciente pode ter filhos. “Com a retirada de um testículo, existe sim a possibilidade de gerar filhos”, explica. Já com relação à vida sexual, ele pontua que essa condição não afetará a masculinidade. “Como o testículo é reposto por prótese, não altera a aparência e não afeta a masculinidade”, finaliza.


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