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Carlos Wizard nega gabinete paralelo e se recusa a responder questões da CPI

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Carlos Wizard nega gabinete paralelo e se recusa a responder questões da CPI

Em depoimento, empresário afirmou que exerceria o direito concedido pelo STF de ficar em silêncio

Por Da Redação
Carlos Wizard nega gabinete paralelo e se recusa a responder questões da CPI
Foto: Agência Senado

O empresário Carlos Wizard afirmou à CPI da Pandemia que desconhece a existência de um "gabinete paralelo" de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e se recusou a responder perguntas da comissão. Wizard, que prestou depoimento nesta quarta-feira (30), disse no início da sessão que nunca esteve a sós com o presidente. 

Carlos Wizard  foi convocado por suposta participação no grupo que seria responsável pela tomada de decisões e aconselhamento do presidente. O "gabinete paralelo" teria defendido a adoção do tratamento precoce e o uso de remédios considerados ineficazes contra a covid. "Afirmo aos senhores, com toda a veemência, que jamais tomei conhecimento de qualquer governo paralelo. Se, porventura, esse suposto governo paralelo existiu, ou melhor, gabinete paralelo, eu jamais tomei conhecimento ou tenho qualquer informação a esse respeito", afirmou o empresário.

Após as declarações iniciais, o empresário afirmou que permaneceria calado sobre todas as questões "conforme a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)" e se recusou a responder 45 questões elaboradas pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Na ocasião, o empresário quebrou o silêncio apenas em duas oportunidades. Na primeira, negou que tenha relacionamento com a empresa que negociava vacinas da CanSino e, na segunda, disse que não tinha interesse em participar do mercado de imunizantes. Diante do silêncio do depoente, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou um vídeo em que Wizard defendia a utilização de remédios sem comprovação científica contra a Covid-19 e zombava de pessoas mortas pela doença na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, porque "ficaram em casa" e que "não foram em busca do tratamento precoce".

Logo depois a exibição do vídeo, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que vai recorrer da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que concedeu o direito ao empresário de permanecer em silêncio durante a comissão.

Vacina e propina

Depois de quase meia hora de discussões acaloradas entre os senadores, a CPI da Pandemia aprovou nesta quarta-feira (30) dezenas de requerimentos entre pedidos de informação, convocação/convite e quebra de sigilos.

Os destaques são a aprovação do pedido para ouvir o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, que foi citado pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) na última sexta-feira (25). Além disso, também serão ouvidos nos próximos dias o empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que afirmou ao jornal “Folha de S.Paulo” ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde, e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias.

Pedido de  Eduardo Braga

Ainda na sessão de hoje, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) pediu uma questão de ordem para requisitar a exclusão de 41 requerimentos adicionados recentemente na pauta da sessão desta quarta-feira (30) "a fim de que possamos ter domínio do mérito para ter a fundamentação para votar". "Se, por um lado, vossa excelência busca entendimento para votar a matéria do Consórcio do Nordeste, por outro lado, precisamos o mérito e a fundamentação de 41 requerimentos adicionados na pauta", disse Braga.

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a maioria dos requerimentos foram feitos e assinados por ele e se tratam, basicamente, de questões do estado do Amazonas. O presidente da CPI determinou, então, que esses requerimentos sejam adiados para a sessão de sexta-feira (2).

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