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Carnaval 2024, será ESG?

Confira a coluna desta semana de Adriano Sampaio

Por Adriano Sampaio
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Carnaval 2024, será ESG?

Foto: Jefferson Peixoto/Secom/Salvador

É evidente que o Carnaval de 2024 representa uma oportunidade estratégica para as marcas alavancarem o reconhecimento e se conectarem com seus públicos. A festa popular oferece um ambiente propício para a promoção de ações de branding, patrocínios, e parcerias que visam não apenas a visibilidade, mas também a criação de experiências marcantes. E como estão as prefeituras das principais cidades do Brasil, os blocos de rua e os camarotes nesse contexto?

Será que vem por aí iniciativas que promovam a responsabilidade social e ambiental, contribuindo para a comunidade local? Será o ano do Carnaval ESG?

Ideia não falta. A Prefeitura de Salvador pode dar um show nesse sentido, desde o credenciamento e treinamento para os ambulantes no quesito coleta seletiva do lixo, uniformização com tecido reciclável para melhor controle e supervisão, uma melhor logística de lixeiras e banheiros químicos nos principais circuitos, a parceria com os patrocinadores no maior controle do material utilizado em ações de marketing das marcas, com uso de plástico verde e papel reciclável, uso de produtos reutilizáveis, adereços biodegradáveis, e mais digital e ações OOH, além da própria comunicação do evento abordando o conceito “O Carnaval mais sustentável do mundo”.

Sem falar nas ruas e praias mais limpas, principalmente nos circuitos e nas praias presentes como do Porto da Barra até a Ondina. Também passou da hora do patrocínio pesado para as cooperativas de catadores, esse grupo tão importante no nosso dia a dia e de função imprescindível no Carnaval. Investir em tecnologia na logística do transporte das latas é fundamental. Vamos ver se alguma empresa irá nos apresentar uma solução inovadora nesse aspecto.

Já os blocos de carnaval esperamos uma evolução no uso do combustível dos trios pelas empresas Petrobrás (Vibra Energia), Acelen, entre outros players em parceria com o Governo do Estado da Bahia.

Os abadás, adereços e carros de apoio são terrenos férteis para imaginação no quesito da sustentabilidade. Uma ação social dignamente humana esperamos para os guerreiros que fazem de fato nosso carnaval, os cordeiros. Se eles não puxam a corda, o axé não ecoa nem na avenida, nem no mundo.

Já em relação aos camarotes o universo da aplicabilidade do ESG se amplia completamente. Plataforma fácil para aplicar o ambiental, social e a governança. Essas políticas devem ser construídas em conjunto com a iniciativa privada para que exista um esforço em comum das partes e um resultado significativo para o meio ambiente, nossas comunidades e principalmente para Salvador, o Estado da Bahia e todo ecossistema do turismo nacional e internacional do Brasil.

Vale ressaltar a todos envolvidos na maior festa popular do mundo, que sem segurança, não há ESG, não há alegria, não há carnaval. Axé, até terça que vem!

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