“Carteira de estudante tem que ser emitida pelo Ministério e não pela UNE”, diz Nelson Motta
"É preciso acabar com a farra e a farsa da meia entrada", afirmou

Foto: Reprodução/ Twitter
O produtor, escritor e cronista Nelson Motta, escreveu um artigo publicado no Jornal O Globo que aborda a questão da meia-entrada nos espetáculos. Motta afirma que ‘o problema está em quem paga a conta, já que, assim como almoço, não há ingresso grátis'.
Ao contrário do que vários artistas andam se posicionando, Nelson fez uma leitura realista das dificuldades causadas aos produtores de espetáculos e a necessidade de quem traz as atrações, terem que cobrar valores considerados exorbitantes para quem paga "inteira". Ele diz ser injusto não permitir o acesso à cultura a idosos, professores, estudantes e deficientes físicos (estes estão habilitados a pagar metade do valor do ingresso). “É socialmente justo, amplia o acesso à cultura e ao entretenimento, informa e diverte a população”, destacou.
O escritor ainda pontua ser justa a obrigação dos espetáculos que são beneficiados por leis de incentivo reduzirem o preço dos ingressos, afinal estão sendo bancados pelo dinheiro público. As produções privadas, segundo Motta, deveriam seguir o mesmo caminho e não atender à cartilha de burocratas e demagogos. Ele ainda defende que a União Nacional do Estudantes (UNE) deixe de emitir as carteiras estudantis e tal missão fique a cargo do Ministério da Educação. Motta finaliza pontuando que é preciso acabar com a farra e a farsa da meia-entrada e concedê-la, apenas, àqueles que têm direito.