Castelo de areia

[Castelo de areia]

FOTO: Marcelo Camargo/Agencia Brasil

Promessa de campanha, cuja medida foi devidamente apresentada já nas primeiras semanas do governo do presidente Jair Bolsonaro, a reforma administrativa que enxuga de 29 para 22 o número de ministérios corre risco de ruim diante de um Congresso desarticulado e vil.

Com os presidentes de ambas as Casas no exterior e líderes da Câmara e do Senado batendo cabeça e sem chegar a um denominador comum por causa de obstruções ideológicas, entre outras questões, a MP da reestruturação ministerial está no limite para ir à votação em plenário. Caduca no dia 3 de julho, e todo este planejamento de reduzir a máquina pública ainda é somente um castelo de areia.

O impasse é corriqueiro neste universo tão peculiar e mesquinho do parlamento nacional. De repente, qualquer questão vira motivo de discórdia, de obstrução, represália ou até mesmo chantagem. Não é diferente com a tentativa do governo e da ainda média base aliada em garantir os votos suficientes à MP que, desde sempre, é tida como um importante movimento que ajusta e otimiza a funcionalidade do governo.

No entanto, o assunto que pareceria tão sólido e fechado ainda em janeiro deste ano, quando o governo iniciou a costura do novo Palácio do Planalto, hoje é complexo e, segundo burburinhos no Congresso, até questão de barganha para se ter isso e deixar de lado aquilo. O certo é que o governo precisa se articular com o Legislativo, mostrar-se um Executivo contundente e ganhar esta batalha – pelo bem do Brasil.


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