CCJ da Câmara pode analisar cassação de Carla Zambelli nesta terça-feira
Deputada foi condenada a 10 anos de prião por ataque a sistemas do Conselho Nacional de Justiça e está presa na Itália

Foto: Reprodução/Lula Marques/ Agência Brasil
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados pode analisar nesta terça-feira (2) a cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), foragida da Justiça Brasileira, que está presa em Roma, na Itália, desde julho deste ano.
A análise da cassação do mandato de Zambelli está na pauta da reunião desta terça e a previsão é que o relator, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) apresente o parecer sobre o caso durante a sessão.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por comandar uma invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de ter sido condenada a 5 anos e 3 meses de prisão por perseguir, armada, um homem em São Paulo em 2022. Não cabe mais recursos em ambos os processos.
Após ser presa na Itália, Zambelli também perdeu o mandato, após julgamento do Supremo, sem participação da Câmara na decisão. O presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou o caso à análise dos deputados.
Um pedido de vista ainda pode adiar a votação. Após a análise da CCJ, o caso será submetido ao plenário principal da casa, onde serão necessários, no mínimo, 257 votos para que a deputada seja cassada.
Prisão
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi presa na Itália em 29 de julho. Zambelli fugiu para o país após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pela invasão dos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio do hacker Walter Delagatti Neto.De acordo com o ministério, agentes da polícia foram até o apartamento onde ela estava e efetuaram a prisão.
Em nota, a Polícia Federal afirmou que "autoridades italianas prenderam na tarde desta terça-feira (29/7), em Roma, uma brasileira que se encontrava foragida no país" e que a medida é resultado de cooperação policial internacional entre a PF, a Interpol e agências da Itália.
A nota também afirma que a presa "era procurada por crimes praticados no Brasil e será submetida ao processo de extradição, conforme os trâmites previstos na legislação italiana e nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário".
O Ministério da Justiça brasileiro já havia solicitado oficialmente a extradição da parlamentar, após determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Zambelli é alvo de um mandado de prisão preventiva, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, e está incluída na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).
A deputada deixou o Brasil no dia 25 de maio deste ano, pela fronteira com a Argentina. De lá, ela migrou para os Estados Unidos e, na manhã de 5 de junho, chegou a Roma, na Itália.


