Censo demográfico seguro e essencial
Confira o nosso editorial desta sexta-feira (12)

Foto: Simone Mello
O Censo Demográfico terá reforço nos protocolos sanitários em razão da pandemia da covid-19. A contagem da população será feita por meio de um modelo misto (presencial, por telefone e online). Haverá uso de novas tecnologias, fruto de cooperação internacional – em 2019, outros países realizaram levantamentos similares.
A segurança e a saúde de todos os envolvidos devem ser, mesmo, o norte do IBGE para realizar o censo. Internamente, o órgão trata o serviço como uma ‘missão’ e, de fato, apesar da enorme responsabilidade com as pessoas que o realizarão, e quem atenderá os servidores, o mecanismo vai dizer muito sobre o Brasil pré e pós-pandemia.
Além disso, o censo é ferramente chave para embasar as mais diversas políticas públicas do país, ao revelar com precisão e em nível municipal quantos são, onde moram e em que condições vivem os brasileiros.
A coleta de dados ocorrerá em agosto, setembro e outubro, em 71 milhões de domicílios dos 5.570 municípios do País. Participarão 182 mil recenseadores, assegura o IBGE. Os primeiros resultados sairão em dezembro. Outros serão divulgados até 2024.
A contagem populacional deveria ter ocorrido em 2020, mas acabou adiada em razão da pandemia. Antes disso, o governo havia feito cortes orçamentários que, segundo críticos, poderiam ter colocado em risco a coleta de informações.