CGU derruba sigilo e dá prazo de 10 dias para Exército liberar processo contra Pazuello
O sigilo decretado no processo ignorou o parecer de uma servidora da CGU

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Controladoria-Geral da União derrubou o sigilo de 100 anos sobre o inquérito no Exército que apura a conduta do general da reserva e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, atualmente deputado federal do Rio de Janeiro pelo PL. A CGU ainda determinou um prazo de 10 dias para as informações serem liberadas.
O inquérito investiga a participação do ex-ministro em um ato político em 2021, com o então presidente Jair Bolsonaro (PL), no Rio de Janeiro. Na ocasião, Pazuello era general da ativa do Exército. Segundo o regulamento do Exército, é proibido a participação de um militar da ativa em ato político.
Por meio de nota, o Centro de Comunicação do Exército justificou que o comandante da Força "analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general". A assessoria do ex-ministro da Saúde afirmou que "o processo disciplinar do Exército obedece a um rito processual próprio e cabe ao Exército se pronunciar a respeito. Por conta disso, o deputado não irá se pronunciar"
O sigilo decretado no processo ignorou o parecer de uma servidora da CGU que opinou pelo acesso à documentação. A controladoria fez uma reanálise do caso.