Chegada de atletas em Tóquio 2020 desmistifica organização japonesa
Esse problema frustra o povo japonês, que aceitou o desafio de realizar “os Jogos Olímpicos mais restritos da história”
Todas as vidas perdidas para a covid-19 em todo o mundo, total de mais 4 milhões, justificam a rigidez no protocolo sanitário. A chegada de delegações esportivas e de jornalistas para Tóquio 2020 deveria ser seguida com o rigor da disciplina japonesa.
Esse problema frustra o povo japonês, que aceitou o desafio de realizar “os Jogos Olímpicos mais restritos da história”, como definiu o próprio presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach. A falha logística para receber as 79 mil pessoas envolvidas com o evento fez com que o jornal japonês, Asahi Seibun, relatasse em editorial o que classificou como “buracos assustadores” nos protocolos de saúde da organização.
“À medida que atletas e delegações olímpicas começam a descer no Japão, vindos em massa de todos os lugares, sinais preocupantes estão surgindo de suposições otimistas e falta de preocupação em relação à segurança, o que está causando confusão”, diz trecho do editorial.
Mesmo que não seja uma obrigatoriedade para entrar no Japão, as vacinas fornecidas pelo COI, em convênio com o Comitê Olímpico Chinês e a Pfizer, facilitaram a entrada dos estrangeiros. Junto ao comprovante de vacinação, também tem o resultado negativo de dois testes PCR contra a covid-19, colhidos até 96 horas antes do embarque que foi disponibilizado em inglês e japonês um complexo sistema para o escritório local do mega-evento.