Chegada do Verão alerta para uso correto dos protetores solares

Especialista esclarece mitos e verdades sobre o produto

Por Da Redação, Ane Catarine Lima
Ás

Chegada do Verão alerta para uso correto dos protetores solares

Foto: Getty Images

A exposição ao sol sem a proteção adequada da pele pode causar danos imediatos, como queimaduras, ou de longo prazo, como câncer. Com a chegada do verão, é comum que as pessoas passem a frequentar praias, parques e piscinas com o objetivo de se divertir e, sobretudo, se refrescar. Especialistas alertam, no entanto, para a importância do filtro solar nesta época do ano. O uso correto do protetor solar é fundamental para evitar queimaduras e até mesmo o câncer de pele. Porém, são inúmeros os mitos e as verdades sobre o produto, o que acaba causando dúvidas na hora da compra e do uso.

O fator de proteção e a quantidade de uso, por exemplo, são informações imprecisas que, na maioria das vezes, deixam os consumidores incertos sobre qual produto adquirir. Visando ajudar no processo de escolha, a professora de Cosmetologia do curso de Estética e Cosmética da Universidade Positivo (UP), Ana Carolina Pareja Isa, esclarece dúvidas sobre os protetores solares.

Mitos e verdades sobre o filtro solar

-Quanto mais alto o fator de proteção solar, mais alta a proteção

Mito. A especialista explica que o fator de proteção solar não tem relação direta com a capacidade de proteção, mas sim com o tempo que a pessoa pode ficar exposta no sol. “Se o FPS do produto é 30, isso significa que a pessoa está 30 vezes mais protegida de queimaduras solares, em relação ao tempo, do que se estivesse exposta ao sol sem filtro solar. Por exemplo, se o indivíduo começa a ficar vermelho após dez minutos no sol de exposição ao sol, com um filtro solar com FPS 30, essa pessoa, teoricamente, pode se expor 30 vezes mais tempo, ou seja, 300 minutos”, explica. 

-Filtro físico é melhor que o químico

Mito. A principal diferença entre os dois é a composição, mas ambos são eficazes na proteção, segundo a especialista. Enquanto o químico absorve a radiação, deixando o efeito do sol menos nocivo, o físico cria uma barreira, impedindo a entrada dos raios solares. “O ideal é que o filtro solar tenha uma composição mista, o que aumenta o fator de proteção. Porém, os físicos são menos irritantes que os químicos, então, são mais indicados para crianças e gestantes”, explica.

A quantidade de aplicação ideal no rosto é uma colher de chá

Verdade. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda uma quantidade abundante, cerca de 2 mg| cm² de pele. “Para facilitar, utilizamos a regra da colher de chá. No rosto, sugere-se uma colher de chá. Para o tronco, o ideal é usar duas colheres, assim como em cada braço e perna”, orienta Ana Carolina.

-A oxibenzona tem efeito cancerígeno

Mito. De acordo com a professora, a RDC 47 de 2006 apresenta a lista de filtros solares UV permitidos no Brasil, sendo estes cosméticos reconhecidos e registrados como grau II pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), necessitando apresentar teste de eficácia e segurança. 

Ana Carolina ressalta, ainda, a importância do uso correto também no dia a dia. “O filtro solar é um aliado do skincare, sendo o último passo do processo. É preciso aplicar com cuidado uma quantidade generosa, pelo menos duas vezes por dia. Filtros solares com cor são ideais para esse uso, pois o pigmento [óxido de ferro] também ajuda a proteger das luzes do computador”, conclui.

Câncer

No Brasil, dois terços de todos os diagnósticos de câncer são de pele, com cerca de 185 mil novos casos registrados todo ano. Com a chegada do verão, a campanha ‘Dezembro Laranja', iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), conscientiza a população sobre a importância de prevenir a doença, que pode apresentar um alto percentual de cura, caso seja diagnosticada e tratada precocemente.

Este tipo de câncer é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, maior órgão do corpo humano. Essas células, segundo especialistas, se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.


 

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