A vacina contra a covid-19 é a esperança da vida, um desejo de todo mundo, como nunca antes, ao menos a história moderna, aguarda-se pela imunização de uma doença. Em paralelo, no entanto, é fundamental ter outras vacinas em dia, como a do sarampo.

A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo de 2020 foca tanto crianças de 6 meses a 1,3 quanto adultos que não receberam as três doses na infância. A novidade é que foi prorrogada até 31 de agosto, mas por um motivo ruim: baixa cobertura. 

Preocupa porque é uma doença infecciosa altamente contagiosa, cuja gravidade é evoluir e ser fatal.   Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2018, o Brasil perdeu o certificado de eliminação do sarampo ao ser identificados casos em pessoas sem as doses necessárias na infância e que tiveram contato com quem contraiu a doença no exterior.

A constatação é lastimável: a população brasileira relaxou com a saúde. Seriam apenas casos importados se a população fosse comprometida consigo mesmo com as vacinas. A contaminação é fácil. Como o novo coronavírus, o sarampo é transmitido quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. 

Mesmo ainda em fase de distanciamento social, a pediatra orienta os pais a levarem seus filhos às unidades de saúde, conforme o cronograma da carteirinha de vacinação. Os adultos que perderam suas carteirinhas e não sabem se, na infância, receberam ou não as três doses da tríplice viral, que protege contra o sarampo e também caxumba e rubéola, igualmente devem procurar uma unidade de saúde. 

A pandemia é terrível, mas não pode ser motivo para deixar de receber a vacina. Há como ir a uma unidade de saúde e ser imunizado - com segurança. Além de usar máscara, basta adotar alguns cuidados extras, como se tiver que aguardar num posto de saúde, mantenha distância de pelo menos 2 metros de outras pessoas. Evite ao máximo tocar em superfícies. Se ocorrer, higienize as mãos com água e sabão ou álcool gel 70% o mais rápido que puder.