Mudar paradigmas do comércio internacional

Confira o editorial desta sexta-feira (7)

[Mudar paradigmas do comércio internacional]

FOTO: Arquivo/Agência Brasil

A troca de bens e serviços através de fronteiras internacionais ou territórios, isto é, o comércio internacional (que representa uma grande porcentagem do PIB nacional), sentirá a longo prazo os efeitos da pandemia. A constatação é óbvia, mas foi recentemente quantificada em relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). 

Como consequência da crise da covid-19, o comércio internacional da América Latina e do Caribe terá uma queda acentuada de 23% em 2020, mais do que a registrada durante a crise financeira de 2009 – quando diminuiu 21%, informa, levando em consideração que as exportações regionais terão contração de 23% este ano e o das importações 25%, superior à queda de 24% registrada durante a crise financeira de 2008-2009.

Não é um índice exclusivo para as Américas subdesenvolvidas, por certo. A diminuição ocorre em um contexto global em que o comércio mundial acumula, de acordo com o relatório, uma queda de 17% em volume entre janeiro e maio de 2020. A América Latina e o Caribe é a região em desenvolvimento mais afetada por essa conjuntura e será marcada, prevê a comissão, principalmente pelos retrocessos nas vendas de manufaturas, mineração e combustíveis.

O momento é de pensar na regionalização dos tratados bilaterais, aprofundar a integração regional entre as Américas – e o Caribe – para driblar este vindouro panorama nebuloso. 

O relatório apontou que, para reconstruir melhor, a América Latina e o Caribe devem também reduzir os custos internos e promover uma logística eficiente, fluida e segura, mediante o redesenho da estratégia de investimento, maior interoperabilidade de serviços, integração regional, e a promoção da inteligência logística.


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