Com mais de 1.000 tentativas de golpes por hora, bancos começam a investir na educação de clientes

Em tentativa de diminuir os prejuízos com golpes e fraudes, alguns bancos passaram a adotar novas estratégias de comunicação com seus clientes, priorizando a educação, para ensiná-los a identificar e escapar de abordagens suspeitas.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), isso se deve ao fato de 70% dos casos acontecerem através de engenharia social, nome dado à manipulação psicológica e comportamental da vítima pelo criminoso.

Esse tipo de fraude apresentou uma elevação de 165% desde março de 2020, no início da pandemia da Covid-19, revela o levantamento. Para essas ocasiões, o criminoso conta com a colaboração da vítima para o golpe dar certo, já que o cliente é enganado, fornece informações pessoais ou deposita uma quantia em dinheiro para um desconhecido.

Além disso, apenas nos primeiros sete meses deste ano, foram verificadas 1.000 abordagens por hora com finalidade de fraude financeira detectadas pelas soluções da PSafe, dfndr security e dfndr enterprise.

Entre junho de 2021 e junho de 2022, foram identificadas mais de 4,62 milhões de tentativas de fraude, segundo uma pesquisa realizada pela Serasa Experian, divulgada em agosto. Em números exatos, foram 385 mil abordagens criminosas por mês, em média. O pior resultado foi registrado em julho de 2021, com 391.870 tentativas.

Segundo a instituição, o recorde de tentativas de fraude no país foi registrado no ano passado, com mais de 4 milhões de investidas. Na comparação com 2020, as abordagens online de golpistas aumentaram cerca de 80% em 2021, diz a Febraban.

Só em junho deste ano, o Indicador de Tentativas de Fraudes, da Serasa Experian, verificou 322.219 iniciativas criminosas desse tipo, uma a cada oito segundos. Dessas ocorrências, 57,1% estão relacionadas ao setor de Bancos e Cartões, evidenciando que já era hora de adotar uma nova estratégia.