Com recorde de diferenças entre ricos e pobres, Natal é marcado por desigualdade em 2021
Pesquisa aponta maior diferença entre intenção de compras

Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil
Segundo um levantamento do Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado recentemente, o Natal deste ano deve registrar recorde de desigualdade entre ricos e pobres. Os últimos são marcados pela falta de acesso à itens, como presentes e alimentos.
As diferenças entre a intenção de compras de pessoas com maiores rendas e a parcela com menor renda registrou recorde neste final de ano. O indicador leva em conta pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza e as famílias que vivem com mais de 4 salários mínimos.
A diferença da intenção de compra natalina em relação aos com renda acima desse patamar é de 44,4 pontos, o maior recorde dos últimos 14 anos.
“O indicador que mede a intenção de gastos com compras de Natal mostra que será um período melhor para o comércio do que no ano passado, ainda que as famílias continuem cautelosas em relação ao consumo. Entretanto, isso ainda não é um resultado favorável comparando com anos anteriores. As famílias de mais baixa renda, maior parcela da população, são as mais afetadas. Para elas, o Natal será mais magro. Muitos não irão comprar presentes, e mesmo para aqueles que irão comprar, dizem que gastarão menos”, afirma Viviane Seda, coordenadora das Sondagens do FGV IBRE.
Com o avanço da vacinação e a diminuição dos números de casos, o indicador de intenção de compras foi para 60,1 pontos ante 40,7 pontos em 2020.
De acordo com os dados da FGV, a proporção de consumidores que pretendem aumentar o gasto com presentes aumentou de 5,5% em 2020 para 15,4%, este ano. Assim, o preço médio dos presentes passou de R$ 104 para R$ 106.
O maior avanço na intenção de compra foi entre os consumidores com renda de R$ 2,1 mil a R$ 4,8 mil, cujo preço médio subiu para R$ 85 ante R$ 70 do ano anterior. Para os consumidores de renda mais baixa, o valor médio de presentes é o menor, com uma redução para R$ 59 em 2021.
Já as famílias com renda de até R$ 2,1 mil compõe 46,3% do total que não irá comprar este ano, ou comprar menos. As famílias com renda R$ 9,6 mil, compõe cerca de 16,1% do percentual que vai comprar menos em 2021.


