Com R$ 320 bi em caixa, estados elevam número de obras em ano eleitoral
Esse é o melhor resultado dos últimos três anos
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Em ano eleitoral, os estados e municípios estão verificando resultados positivos com dinheiro em caixa. Esses períodos, que são marcados por entrega de obras e benesses governamentais, geralmente levam o governo federal a bloquear recursos para bancar despesas que custeiam mais do que o orçado. Esse é o melhor resultado nos últimos três anos.
Além disso, a sobra em caixa dos estados eleva a cobiça do governo federal, que avalia estratégias para aliviar o bolso do consumidor. Conforme a avaliação de um integrante do Executivo, apesar do total arrecadado, os governadores não possuem sensibilidade social neste momento: driblam o Congresso e se recusam a baixar o ICMS de produtos e serviços essenciais à população.
De acordo com um levantamento da economista Vilma Pinto, da Instituição Fiscal Independente (IFI), realizado a pedido do GLOBO, os estados possuiam, até o fim do primeiro bimestre deste ano, R$ 319,8 bilhões para gastar. Enquanto os municípios contavam com R$ 185,7 bilhões. Esse total representa R$ 505,5 bilhões brutos disponíveis em caixa.
Grande parte desse valor é carimbado. Sendo assim, o montante deve ser gasto em saúde e educação, o que limita a ação dos governos. Mas ainda há sobras para obras, reajustes e programas. A conta já exclui recursos que serão usados para pagamento de dívidas.
