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“No Brasil, ataques contra defensores dos direitos humanos, incluindo assassinatos", afirmou
FOTO: Denis Balibouse
A ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, fez o seu discurso anual nesta quinta-feira (27), onde realizou um balanço a respeito da situação dos direitos humanos no mundo. A alta comissária das Nações Unidos para Direitos Humanos, Bachelet incluiu o Brasil entre os aproximadamente 30 locais em que o assunto levanta preocupações mais urgentes. Segundo ela, ataques contra defensores dos direitos humanos no país indicam retrocessos "significativos" em políticas públicas de proteção do meio ambiente e dos indígenas e esforços para deslegitimar o trabalho da sociedade civil e de movimentos sociais.
“No Brasil, ataques contra defensores dos direitos humanos, incluindo assassinatos — muitos dos quais de líderes indígenas — estão ocorrendo em um contexto de retrocessos significativos em políticas de proteção do meio ambiente e dos direitos de pessoas indígenas. Há ainda um aumento da tomada de terras de afrodescendentes e indígenas, além de esforços para deslegitimar o trabalho da sociedade civil e de movimentos sociais", pontuou.
Em setembro de 2019, Bachelet já teria comentando sobre o mesmo assunto. Na ocasião, ela disse que havia um "encolhimento do espaço cívico e democrático" no país, criticando a atitude do governo de Jair Bolsonaro de celebrar o golpe militar de 1964.
No ano passado, cerca de 200 organizações sociais e movimentos de defesa dos direitos humanos lançaram um manifesto onde pedia que o Brasil não fosse reeleito para o Conselho de Direitos Humanos, acusando o governo de ser "antiuniversalista" e "glorificar atrocidades".
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