Como anda a saúde mental do seu pet?

Pets cada vez mais são afetados pelo estresse e ansiedade

Por Da Redação
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Como anda a saúde mental do seu pet?

Foto: Reprodução

Dia 10 de outubro é o Dia Mundial da Saúde Mental. Após a pandemia da Covid-19, este assunto ganhou uma visibilidade maior. São muitas as pessoas que foram afetadas e estão desenvolvendo transtornos mentais. São registrados o aumento do estresse, sintomas de ansiedade e até depressão. E nesse contexto, como ficam os animais? Eles também são afetados emocionalmente? 

Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Animal Waltham Pet Care Science, por exemplo, mostrou que ter um pet pode aumentar a produção da ocitocina, o hormônio do prazer. Outra pesquisa realizada pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ) mostra que não só é possível falar disso como também observou-se que 55% dos cães que moram em apartamentos são acometidos por algum tipo de alteração comportamental, como vocalizações excessivas, comportamentos destrutivos ou depressivos.

Conforme a veterinária Marina Tiba, a saúde mental dos pets está diretamente relacionada ao comportamento dos tutores e deve ser levada a sério. “Os animais de estimação também são afetados pelo estresse e podem, inclusive, ficar deprimidos. Claro que não devemos igualar a depressão humana à dos pets, mas existe sim um mecanismo de defesa animal que faz com que ele passe a ter comportamentos como ansiedade, agressividade, latidos excessivos, falta de apetite, entre diversos outros, que são facilmente identificáveis e devem ser tratados”, diz.

Para a médica, entre os causadores desses problemas estão a falta de estímulos suficientes, como brinquedos e ambientes preparados para os animais, a falta de passeios regulares, sobrepeso, alimentação inadequada e outros fatores que podem agravar o problema. 

“Além de observar o animal e o comportamento dele, e leva-lo ao veterinário com frequência, é preciso inserir na rotina dele alguns hábitos simples que podem modificar esse quadro, como, por exemplo, a introdução de uma alimentação mais balanceada”, conta Marina.

Por isso, além de estabelecer uma rotina que inclua passeios e brincadeiras, é preciso estar disponível para fazer com que o animal entenda que o bom comportamento é algo positivo tanto para ele quanto para a família, e uma das formas de fazer isso é oferecer petiscos como forma de recompensa. No entanto, deve-se estar atento à qualidade daquilo que se oferece, afinal, oferecer alimentação inadequada pode agravar o comportamento depressivo. 

“Hoje é possível encontrar aquilo que chamamos de petiscos funcionais, que podem ser oferecidos diariamente e que oferecem ingredientes como vitaminas, aminoácidos, probióticos, entre outros, que produzem efeitos benéficos à saúde, além de funções nutricionais básicas, é o caso dos Dog Sticks, que temos aqui na Organnact e que podem ser uma boa solução na hora de agradar o pet”, frisou.

Quem ama, cuida

Dados revelados pela Radar Pet 2021, pesquisa realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) mostrou que 66% dos pais de pet buscaram se informar sobre a saúde de seu animal de estimação durante a pandemia. Além disso, a pesquisa mostrou que o volume de consultas com o médico veterinário durante o período pandêmico também cresceu uma média de 45%, e além de vacinas, o que mais se buscou foram consultas preventivas.

No entanto, muitas vezes, a saúde mental é deixada de lado, pois muitos tutores nem imaginam que alguns comportamentos podem indicar alteração comportamental. “Muitas pessoas acreditam que a apatia, por exemplo, é uma característica do animal, ou ainda, que ele é comilão, por isso o sobrepeso. As pessoas não costumam associar a um transtorno de ansiedade. Por isso, a visita regular ao veterinário é essencial, assim como observar o próprio comportamento com o animal, que somente desenvolve esse tipo de comportamento como consequência do comportamento do seu tutor”, diz a veterinária.

Entre as mudanças na rotina, além da oferta de petiscos funcionais e uma alimentação balanceada, estão passeios regulares, oferta de brinquedos, evitar deixar os animais por muito tempo sozinhos, ambientes limpos, evitar despedidas muito emocionadas, e, sobretudo, atenção. “Mesmo os gatos, que são mais individualistas, precisam de atenção e carinho. Tentar, por exemplo, levar os cachorros para passarem o dia numa creche, interagindo com outros animais também pode ser uma boa opção. Tudo é uma questão de estar atento aos sinais que os pets demonstram e a disposição dos tutores em oferecer um bom ambiente”, concluiu.

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