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Compra de imóveis usados via ‘Minha Casa, Minha Vida’ preocupa setor da construção civil

O ano de 2024 teve o maior número de contratos para imóveis usados na história do programa

Por Da Redação
Ás

Compra de imóveis usados via ‘Minha Casa, Minha Vida’ preocupa setor da construção civil

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) se tornou o grande responsável por impulsionar projetos de moradia no setor de construção civil. No entanto, números recentes acenderam um alerta para o setor da construção civil: o aumento nos financiamentos de imóveis usados dentro do MCMV. No geral, as construtoras defendem regras que priorizem os novos empreendimentos para aquecer o setor. 

De acordo com dados do Ministério das Cidades compilados por Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV Ibre, o ano de 2024 teve o maior número de contratos para imóveis usados na história do programa.

Foram contratadas um total de 583 mil unidades, sendo 427,9 mil novas e 155,1 mil usadas. Ainda conforme o levantamento, esses imóveis chegaram a uma parcela de 227% do total de financiamentos, o que também representa uma proporção recorde na modalidade. 

Os dados consideram contratos feitos com base em recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que é a principal fonte do programa. 

Segundo Ana Maria, em entrevista ao g1, as construtoras argumentam contra os usados porque os novos impulsionam a atividade econômica e geram empregos, fomentando também o FGTS. A pressão do setor, acrescenta ela, vem justamente em meio ao "cobertor curto" do fundo, cujo recurso é "escasso e disputado".

A reportagem do g1 também procurou a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que afirmou compreender que os usados são uma alternativa válida em locais com carência de oferta de novos empreendimentos. No entanto, defendeu que a prioridade do MCMV deve ser para moradias novas, que são responsáveis por "ativar diretamente a cadeia produtiva da construção civil". 

"Já a aquisição de imóveis usados, embora relevante em determinados nichos, não gera postos de trabalho diretos, nem contribui para a sustentabilidade do fundo", argumenta.

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