Confiança do comércio apresenta estabilidade em dezembro ante novembro, diz FGV
Em médias móveis trimestrais, o Icom registrou queda de 4,9 pontos

Foto: Reprodução/Agência Brasil
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) apresentou estabilidade em dezembro ante novembro, permanecendo em 87,2 pontos, após recuar 10,8 pontos na passagem de outubro para o mês passado. Em médias móveis trimestrais, o Icom registrou queda de 4,9 pontos, a segunda seguida após oito meses seguidos de altas, como informou nesta quinta-feira (29) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Conforme a FGV, “o Icom estabilizou em dezembro em nível relativamente baixo, próximo ao que se observava em fevereiro”.
“A estabilidade no mês ocorreu pela piora na percepção de vendas com o momento presente, e uma leve alta nas expectativas, mas que precisa ser relativizada pelo nível baixo que ainda se encontra. O cenário macroeconômico negativo parece refletir na confiança do comércio. Enquanto persistir o período de inflação alta, juros em patamar elevado, consumidores com a renda média baixa e endividamento alto, é difícil imaginar uma volta à trajetória ascendente da confiança dos empresários do setor”, diz a nota divulgada pela FGV.
Apesar desse resultado, foi verificada uma elevação em quatro dos seis segmentos do comércio pesquisados na Sondagem do Comércio. Enquanto isso, os componentes do Icom tiveram comportamento divergente em dezembro.
O Índice da Situação Atual (ISA-COM) caiu 1,0 ponto, ficando em 88,7 pontos, menor nível desde março deste ano. “Os dois indicadores que compõe o ISA-COM também tiveram queda no mês, o volume de demanda atual caiu 1,2 ponto e a situação atual dos negócios, 0,7 ponto”, diz a FGV.
Já o Índice de Expectativas (IE-COM) teve alta de 0,9 ponto, atingindo 86,1 pontos. Segundo a FGV, esse é o menor nível desde julho passado.
A queda foi influenciada “pela melhora do indicador que projeta a tendência dos negócios seis meses a frente, que subiu 2,8 pontos para 89,8 pontos. No entanto, no horizonte de mais curto prazo, as vendas previstas não se mostram otimistas. O indicador recuou 0,9 ponto para 82,8 pontos, o menor patamar desde março de 2021 (68,8 pontos)”, disse a entidade.