Congresso deve mudar MP que previa financiamento de folha de pagamentos para empresas durante Covid-19
Governo pode ficar responsável por 100% da garantia do Tesouro Nacional

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O Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE), criado pelo Banco Central, em que visa financiar a folha de pagamentos das empresas com recursos do Tesouro Nacional e dos bancos pra conter ações de demissões durante a pandemia de Covid-19, foi considerado um "fiasco" pelo governo.
O Congresso Nacional já discute o programa com equipes do Ministério da Economia para tentar sugerir mudanças e fazer com que o projeto deslanche. Uma das ideias é elevar a garantia do Tesouro de 85% para 100%, ou seja, o governo ficaria responsável por assumir o risco de receber calote por parte das empresas.
Uma das primeiras medidas adotadas pelo governo para combater os impactos econômicos da pandemia foi a linha de financiamento para a folha salarial, lançada no início de abril para empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. Uma das inovações alardeadas na ocasião era que o socorro teria contribuição também do setor financeiro, que participou de sua construção.
Do total de R$40 bilhões programados para esta iniciativa, o governo seria responsável por dar R$ 34 bilhões e as grandes instituições bancárias, R$ 6 bilhões. Esses recursos seriam usados para bancas dois meses de folhas de pagamentos, com depósitos diretos na conta do funcionário, a uma taxa de juros de 3,75% ao ano.
Mas, com o resultado fraco da proposta, o Tesouro enviou apenas a primeira metade prometida: R$ 17 bilhões. A segunda vai depender das alterações que serão feitas pelo Congresso.