Conheça cinco serviços de música que já foram encerrados
Lista recorda plataformas que ficaram obsoletas ou simplesmente falharam na disputa de mercado

Foto: Reprodução/Blog Intnet
Lojas e plataformas de streaming de música como iTunes, Groove Music, Rdio e Google Play Música foram encerradas ao longo da última década por razões que passam por problemas legais, desinteresse do público na compra de MP3 ou mesmo a grande dificuldade em ganhar terreno no mercado que atualmente é dominado por serviços como Spotify, Deezer e Tidal.
Apesar do fim precoce, a maioria dos serviços apresentou novas funcionalidades e conservou uma base fiel de usuários até seu encerramento e, por isso, deixaram saudades. Confira abaixo seis dessas plataformas e as razões que motivaram a extinção de cada uma delas.
Groove Music
Introduzido com o lançamento do Windows 10 em 2015, o Groove Music apareceu como a aposta da Microsoft no mercado de streaming de música, oferecendo um app que convergia tanto a reprodução local e compra de arquivos em MP3 como planos de assinatura para usuários do novo sistema operacional da desenvolvedora. Contudo, o serviço chegou tarde e, além disso, estava restrito ao sistema operacional de computadores.
Sendo assim, o Groove Music falhou em ganhar espaço no mercado já dominado pelo Spotify. Em 2017, a Microsoft anunciou o fim do serviço e o encaminhamento de seus assinantes a planos equivalentes no rival. Hoje, o Groove é apenas um reprodutor de mídia para Windows.
Grooveshark
Por muito tempo, o Grooveshark foi visto como um rival de peso do Spotify. Porém, a natureza colaborativa do serviço (qualquer um podia fazer upload de músicas e compartilhá-las com a rede sem geração de royalties para os artistas e gravadoras) envolveu o Grooveshark numa crescente onda de problemas legais associados a direitos autorais.
Em 2015, os responsáveis pelo site decidiram encerrar as atividades depois de um acordo na justiça entre o Grooveshark e as gravadoras que moveram os processos. Além de concordar com tirar o serviço do ar, a plataforma teve de conceder acesso a seus apps, infraestrutura e até mesmo a propriedade intelectual.
iTunes
Com surgimento em 2001 como reprodutor e também loja de conteúdo, o iTunes marcou época e foi a primeira grande loja de música que facilitou da distribuição digital de MP3 para artistas e gravadoras, além de ter sido fundamental na popularização dos iPods e das primeiras gerações do iPhone.
O formato, no entanto, seria colocado em cheque com a popularização do streaming de áudio, levando a Apple a repensar a sua estratégia e criar a plataforma Apple Music. Presente em seus sistemas operacionais, o aplicativo combina funcionalidades de reprodução de áudio local, para quem ainda prefere manter os arquivos de música no dispositivo, ou via assinatura para streaming.
Rdio
Lançado um ano antes de o Spotify chegar ao mercado americano, o Rdio foi uma das primeiras plataformas de streaming de música a chegar ao Brasil. Em gestação por anos, Rdio chegou em 2010 elogiado pela crítica com um catálogo de 7 milhões de músicas e uma experiência de uso sólida nos dispositivos suportados.
Porém, o serviço foi adquirido pelo Pandora e, em 2015, teve um fim melancólico, convidando assinantes a criar suas retrospectivas de uso do Rdio. Mesmo lançado antes do Spotify nos Estados Unidos e com um produto de boa qualidade, há muitas questões a respeito dos motivos pelos quais o Rdio fracassou.
As entrevistas com executivos e antigos funcionários da plataforma dão algumas pistas sobre o que teria acontecido com o app, indicando que o Rdio tinha dificuldade em competir com o Spotify na divulgação de seus recursos e na atração de novos assinantes.
Google Play Música
Mais recente entre os produtos encerrados da lista, o Google Play Música apareceu em 2011 como aposta do Google na disputa de espaço no mercado de streaming. Além dessa modalidade, o serviço contava com loja de músicas e permitia que usuários fizessem upload de seu conteúdo para ter acesso a suas bibliotecas em qualquer dispositivo por meio da nuvem. Profundamente integrado ao Android, o Google Play Música acabou em 2020.
Até hoje, não há razões oficiais para o fim da plataforma divulgadas pelo Google. Especula-se que o serviço, tido por muitos como um concorrente superior a Spotify e Apple Music, simplesmente falhou em gerar o retorno desejado pelo Google em quase uma década de operação.