Conheça os ministros da Defesa, Justiça e Fazenda do governo Lula

Anunciados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início de dezembro de 2022, José Múcio Monteiro, Flávio Dino e Fernando Haddad são os novos ministros da Defesa, Justiça e Fazenda no novo governo, na respectiva ordem.

Saiba mais sobre eles e suas experiências na trajetória política:

José Múcio Monteiro

Nascido em 25 de setembro de 1948, Múcio é natural de Recife e tem longa carreira política. Ele já foi ministro no segundo mandato de Lula, entre 2007 e 2009 e também já ocupou a presidência do Tribunal de Contas da União (TCU).

Formado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica de Pernambuco em 1971, Mauro Múcio também já exerceu diversos cargos na agroindústria do estado nordestino e do Mato Grosso. Ele chegou a ser  vice-prefeito de Rio Formoso (PE) entre 1976 e 1982 e prefeito da mesma cidade entre 1982 e 1983. Além de ter sido eleito como deputado  federal para mandatos entre 1991 e 2011.

Durante o seu mandato como deputado, Múcio chegou a pedir licença para assumir a secretaria municipal de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente de Recife entre 1997 e 1998. Depois, entre 2007 a 2011, se licenciou do cargo para assumir como ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, entre 2007 e 2009, no segundo mandato de Lula.

Em 2009, o novo ministro renunciou como deputado para se tornar ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Em 2018, foi eleito como presidente do TCU, para um mandato de um ano.

Como parlamentar, José Múcio foi responsável por ser o relator da Comissão Mista Especial Incentivos Fiscais

Regionais e titular da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPI) que investigou PC Farias, tesoureiro do então presidente Fernando Collor, em 1992. Ele também foi titular de diversas comissões,como de Economia, Indústria e Comércio, Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Flávio Dino

O senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino (PSB), é o novo ministro da Justiça, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Dino tem 54 anos e é natural de São Luís do Maranhão, onde iniciou sua carreira política como ex-juiz federal, foi ex-governador, ex-deputado federal e, agora, senador eleito. 

O escolhido de Lula é advogado e professor de Direito da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) desde 1993. Dino também é mestre em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e deu aulas na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UNB), entre 2002 e 2006.

O ministro ainda tem experiência nos Três Poderes da República, onde foi juiz federal por 12 anos e assumiu cargos como secretário‐geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e assessor da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).

Foi em 2006 que ele deixou a carreira jurídica e se filiou ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e foi eleito deputado federal. Ele exerceu o mandato entre 2007 e 2011. No mesmo período, ele se lançou à  prefeitura de São Luís, em 2008, e ao governo do Maranhão, em 2010, onde ficou em segundo lugar nos dois pleitos.  

O atual ministro da Justiça conseguiu se eleger como governador do Maranhão somente em 2014. Ele foi reeleito em 2018 e ocupou o cargo até abril do ano passado, quando se descompatibilizou para concorrer às eleições de outubro no Senado. Ele venceu a corrida pelo seu novo partido, PSB, e tem mandato eletivo até 2030.

 

Fernando Haddad

Ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad é o novo ministro escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comandar o Ministério da Fazenda. Nascido em 25 de janeiro de 1963, ele já era cotado para a pasta desde a vitória do petista nas eleições de outubro do ano passado. 

Haddad, que é formado em Direito, pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), e também é economista pela mesma instituição, foi ministro da Educação durante as gestões de Lula e Dilma Rousseff, entre 2005 e 2012. 

Ele também disputou a reeleição na prefeitura de São Paulo em 2016, as eleições presidenciais em 2018 e a eleição para o governo de São Paulo em 2022, mas foi derrotado nas três disputas. 

O paulista se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 1985 e iniciou sua vida pública no início de 2001, quando foi nomeado chefe de gabinete da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico da capital, durante a gestão de Marta Suplicy.

No primeiro semestre de 2003, ele deixa a secretaria e passa a assumir a Assessoria Especial do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a convite de Guido Mantega, ministro do Planejamento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2004, ele migrou para o Ministério da Educação, onde ocupou o cargo de secretário-executivo. Só em 2005, ele passa a assumir o comando da pasta, onde permaneceu até 2012.

Foi durante a sua gestão que o Programa Universidade Para Todos (ProUni) foi implementado. Além disso, Haddad também foi um dos idealizadores do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que permite que estudantes de escolas públicas usem a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para acessar o ensino superior.

Em 2016, Haddad disputou a reeleição pela prefeitura de São Paulo, mas foi derrotado por João Doria (PSDB) no primeiro turno. O tucano teve 53,29% dos votos válidos, contra 16,70% de Haddad.

Dois anos depois, ele substituiu o ex-presidente Lula, após ter sido preso no âmbito da Operação Lava Jato. O petista chegou a ir para o segundo turno com Jair Bolsonaro (então PSL), mas também acabou sendo derrotado. O petista teve 44,87% dos votos válidos, contra 55,13% do adversário. 

Nas eleições do ano passado, Haddad lançou candidatura para o governo de São Paulo, mas foi derrotado no segundo turno por 55,27% de Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do então presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista obteve 44,73%. 

O ministro é casado com Ana Estela Haddad e tem dois filhos: Frederico e Ana Carolina.